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Francisco Beltrão
terça-feira, 24 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

A Definição do Gaudério

Geral



Bueno meus patrícios, mais um fim de semana reponta e a sexta-feira vem embretando a indiada pras portas de algum baile iluminado a candeeiro; o mulherio enfeitado e cheirando á flor de açucena vai a procura de um cambicho ou até de um casamento!
Pois bem, é comum algumas pessoas se referirem aos gaúchos usando alguns termos com a intenção de agradar, buscando algumas palavras que expressem simpatia pelos que divulgam, levam e defendem o tradicionalismo. E como o vocabulário gauchesco é bastante rico e muitas palavras são usadas sem o profundo conhecimento da maioria, vamos de forma respeitosa dar a definição do significado de algumas como por exemplo gaudério e teatino, sempre tencionado esparramar a cultura por esse corredor.
Segundo o que consta, gaudério é um termo usado em sentido depreciativo, sem nenhum aspecto de elogio. Define-se assim um índio vago, que não tem ocupação séria, que vive as custas dos outros, não têm parada fixa, um andarengo sem eira nem beira que anda cruzando os caminhos da vida. Porém não confunda-se com índio maleva. O gaudério quando retorna sempre é bem recebido com muita alegria e carinho, e muita curiosidade também; afinal quem tanto anda tem sempre muitas novidades para contar.
Quanto ao índio maleva, este leva todos os adjetivos que a palavra possa expressar.Define-se como uma pessoa má, geniosa, velhaca, de maus instintos.Atribui-se ao bandido, malfeitor, pessoa cheia de perverssidade, desalmado, sem piedade.
O termo teatino aplica-se a pessoas, objetos e também a animais. Há muitos anos quando os campos não eram bem delimitados e haviam muitos cavalos desgarrados sem marca nem dono, estes também eram chamados de teatinos.Qualquer outro objeto que não se conheça o proprietário define-se como algo teatino.Pode ser aplicado á pessoa que anda fora de sua terra, longe de sua querência, como um animal sem dono.Chamavam de teatinos os cléricos regulares da Ordem de São Caetano de Theáto, os quais também eram conhecidos pelo nome de padres da Divina Providência.
Há ainda uma palavra que vem do espanholismo e que serve para definir um indivíduo vagabundo, caborteiro, velhaco… A este define-se como um índio calavera.
“De tanto andar pelo pago, gauderiando meu destino/ aprendi desde menino a cultuar a liberdade/ a lei da necessidade me transformou em teatino. Me agrada viver solito, levando por diante a sina/ cambicho não me domina por que nasci independente/ cruzando esse continente sem dono, patrão nem china!” (José Cláudio Machado)

Recanto do Chasque
Desta feita, mando um abraço para a dona Romilda lá da casa dos parafusos, pertinho do campo do Beltrão F.C. Quem precisar de parafusos para todo o tipo de uso, fale com a dona Romilda, que é das pioneiras do ramo aqui na cidade.
E quem eu sei que acompanha nossas matérias desde a primeira é o meu amigo e cliente Élio José Canci. Esse taura que é um dos donos do Chalé Clube de Danças e não gosta de ver o povo parado, por isso há muitos anos vem trazendo toda semana só baile de primeira pro povo dançar até gastar a sola da bota.
E quando eu tinha dez anos, o meu primeiro ofício depois da roça foi no ramo de sapataria, e até aprendi algumas coisas. E quem me ensinou foi meu amigo João Tadeu Rodrigues, dono das sapatarias Paraná e Curitiba aqui no centro de Beltrão.E se tu qué alguma coisa do ramo fale com esse taura; sapateiro e jogador do bicho em quantia! Um abraço Tadeu véio!
Segundo me contou nessa semana, ontem teve show de pré-lançamento do seu primeiro CD na Festa do Pinhão em São José; já esta na forma sendo gravado pela Fran Dis

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