Geral
Muitas pessoas têm preconceito contra aquelas que já passaram de certa idade, ou seja, depois dos cinqüenta anos são consideradas como velhas e pouca utilidade possuem no meio social. No tocante à área de empregos, muitas vezes a discriminação é flagrante, pois é preferível dar lugar aos mais jovens.
Alegam que essa preferência pela juventude é devido à maior sobrevida no emprego, menor tendência em adquirir doenças e, por último, o fator financeiro, quando não há necessidade de maior remuneração, justamente pela falta de experiência.
Se por um lado estão certos, por outro, pecam pela ausência na contratação de pessoas que, em virtude de experiência, possuem um campo de visão mais amplo em relação à atividade profissional que há anos desempenharam. Ser velho não significa ser inútil. Pois atualmente nós temos muitos jovens inúteis.
Independente de idade, imprestável é todo aquele ser humano que perde seu precioso tempo com futilidades, tais como consumir drogas, excesso de fumo e bebida, atividades esportivas perigosas. Esses não acrescentam nada na vida espiritual, porque esse tipo de conduta leva apenas ao desgaste físico, ao deleite e prazer do ego e da auto-satisfação e, às vezes, até à morte.
Há muitas pessoas idosas na sociedade e sendo bastante úteis com seu conhecimento e sabedoria. Não é à toa que comunidades mais antigas e mundialmente conhecidas veneram e respeitam os idosos. Uma, pela experiência adquirida, outra, devido à educação que receberam.
Hoje, impera mais o desrespeito, quando menos o desdém, o descaso e a piedade. O ser humano é ingrato para com seus semelhantes, quer sejam eles jovens, maduros ou anciões. Isso geralmente acontece porque nunca sofreram na própria carne, a discriminação que ousam perpetrar àqueles que consideram desiguais.
Um jovem que faz pouco caso das pessoas idosas, pela lei da reciprocidade (quem semeia ventos, colhe tempestades), se chegar à velhice, deverá sofrer na pele o mesmo tipo de discriminação. Não há como fugir dessa ordem natural de justiça. Se entender, muito bem; se preferir ignorar, vai amargar muitas experiências desagradáveis no futuro. É somente uma questão de tempo.
Nossa história semanal mostra que nem mesmo coisas materiais às vezes são descartáveis, e podem ser úteis para outras finalidades, quanto mais pessoas, com seus problemas, sentimentos, dores e frustrações:
?Um homem morava no alto de uma montanha. Todos os dias descia até o pé da montanha para buscar água.
Trazia consigo dois baldes, um balde novinho na mão direita, e um velho balde na esquerda. Enchia-os de água e subia novamente a montanha. Passado um tempo, começou a notar que o balde velho chegava lá em cima quase sem água. Foi quando percebeu que ele estava todo rachado e vinha perdendo a água pelo caminho.
Diante disso, o homem concluiu que aquele balde havia se tornado inútil e resolveu encostá-lo num canto. Agora só usava o balde novo. Certo dia, observou lindas flores crescendo apenas de um lado do caminho… Era justamente do lado pelo qual ele passava com o balde rachado. Então se deu conta de que o balde velho havia se tornado um importante regador. O balde velho ainda era útil.
Moral da história: “Se numa época desempenhamos uma função que hoje não podemos mais exercer, outra função surgirá e continuaremos a ser úteis. O que vai mudar é a maneira de contribuirmos no meio em que vivemos.?