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Francisco Beltrão
sexta-feira, 27 de junho de 2025

Edição 8.234

27/06/2025

Os bisbilhoteiros

Geral

Bisbilhoteiras são todas aquelas pessoas que gostam de intrometer-se na vida alheia, pouco se importando se isso é falta de educação ou respeito por alguém. Na maioria dos casos, a bisbilhotice é movida pelo desejo mórbido da curiosidade.
Geralmente quem se interessa pela vida dos outros, demonstra que não cuida direito da sua, com isso, perde um precioso tempo do qual jamais recuperará, ou seja, a intromissão indevida em assuntos que não lhe diz respeito é um erro que muitas vezes poderá custar bem caro.  Quando capitaneada pela curiosidade, a bisbilhotice em si não é tão perigosa como aparenta ser. O problema é que, às vezes, a própria curiosidade pode ser bastante nociva, pois vasculhar coisas e pessoas nem sempre leva ao bom rumo.
Na verdade, o grande mal do comportamento humano não está propriamente na curiosidade bisbilhoteira, mas nos objetivos de foro íntimo, quase sempre malignos, que movem as pessoas a se comportar dessa forma inadequada na sociedade. Assim, as pessoas intrometidas procuram se imiscuir na vida alheia no intuito de procurar um erro ou falha de conduta a fim de prejudicá-las, seja para granjear uma posição no círculo social, arranjar um emprego ou meramente com fito da desonra do nome por ódio ou raiva.  As pessoas movidas por emoções e sentimentos negativos, geralmente são bisbilhoteiras natas, ou seja, o ato que as move aos interesses alheios é carregado de segundas intenções para atingir objetivos egoísticos, pouco lhes importando se causam dano material ou espiritual.
Muitas vezes, a bisbilhotice humana é pura e simplesmente intrometida, ou seja, mete-se na vida dos outros para dar a sua abalizada opinião como se perita fosse. Embora dos males esse seja o menor, nada obsta que não possa ser nociva e também perigosa.
Posto que, não seria e primeira e a última vez que as  pessoas sofreriam reveses e teriam todo tipo de prejuízo por alguém que no intuito de ajudar, apenas causaram mais danos. Cabe bem a máxima: de boas intenções…
Nosso conto retrata o que pode acontecer quando resolvemos decidir a vida alheia: ?Malba Tahan conta a história de um homem que encontrou um anjo no deserto, e lhe deu água. O anjo disse:
? Sou o anjo da morte e vim buscá-lo. Mas, como você foi bom, vou lhe emprestar o Livro do Destino por cinco minutos; você pode alterar o que quiser.
O anjo entregou o livro. Ao folhear suas páginas, o homem foi lendo a vida dos seus vizinhos. Ficou descontente.
? Estas pessoas não merecem coisas tão boas, pensou.
De caneta em punho, começou piorar a vida de cada um. Finalmente, na página de seu destino, viu seu final trágico, mas quando se preparava para mudá-lo, o livro sumiu. Já se tinham passado cinco minutos. E o anjo, ali mesmo, levou a alma do homem?. Moral da história: apenas em uma única hipótese deveríamos nos intrometer na vida alheia: para ajudar a fazer o bem.

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