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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

A hora de mudar o ambiente urbano

Geral

Em um grande país como o nosso Brasil, cujo panorama urbano conta com pouco mais de 250 cidades acima de 100 mil habitantes e grandes metrópoles como São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte etc, a verticalização das construções é inevitável. A tendência é crescente e irreversível ao que parece em um curto prazo, se considerarmos o alto grau de aquecimento do mercado imobiliário, motivado pelo baixo desemprego, inclusão socioeconômica e programas de incentivo à casa própria, como o “Minha Casa Minha Vida”.

Alguns estudos vêm apontando que desde 2003 mais de 50 milhões de pessoas, polução bem superior à de países como a Espanha, ingressaram no mercado consumidor brasileiro. Demonstrou ainda, que, nos últimos 21 meses, até meados de 2011, as classes C e AB cresceram 11.1% e 12.8%, respectivamente. Neste período, 13.3 milhões de habitantes incorporados às classes A, B e C, somando-se aos 36 milhões que ascenderam entre 2003 a 2009.

O expressivo volume de prédios residenciais em construção, para atender à demanda relativa aos novos consumidores representa, sob um olhar bem urbanístico, uma excelente oportunidade de implementar o conceito de construção verde (ainda vista com pouco interesse). O Brasil vivencia, sem dúvida, uma possibilidade ímpar de converter o aquecimento do mercado imobiliário num formidável processo de transformações das cidades, pontuado pela construção de edifícios sustentáveis e já adequados à necessidade de poupar água, reaproveitar materiais, obter energia limpa, enfim: preservar o meio ambiente. Esses prédios, basicamente, devem conciliar conforto, qualidade de vida e os preceitos da sustentabilidade.

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Tais conceitos referem-se a distintos aspectos do prédio, a começar pela eficiência energética. É importante contar com as famosas energias alternativas, tais como a solar, já estabelecida até em legislação, buscando fontes que garantam a iluminação em caso de acidentes, a racionalização do consumo e a busca de sua eficiência. Como eu escrevi acima, a água, por exemplo. O fato de o Brasil ter a maior reserva hídrica do Planeta não significa que se deva desperdiçar o mais precioso dos líquidos. Mas, finalmente, é imprescindível que, em cada prédio, seja feita com eficácia a coleta seletiva do lixo e de resíduos, o sistema ideal seria que esses resíduos separados fossem transportados a um “ecoponto”, na nossa cidade este é coletado pela Ascapabel (Associação de Catadores de Papel de Francisco Beltrão), mas mesmo assim encontra muita dificuldade na triagem dos materiais, devido a falta de educação ambiental, pois a quantidade de lixo que é descartado em meio a tantos resíduos, ainda é grande.

Aprender que resíduos é o reaproveitavel, e lixo de certa forma é aquele que deverá ser coletado pelo caminhão compactador, evitar a mistura é poupar tempo e dinheiro, além de contribuir de maneira ambiental. Existe a tal Politica Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305), sancionada pelo Presidente Lula no fim do seu mandato em 2010, onde elaborou-se uma excelente legislação de logística reversa, que como muitas, ficam apenas no papel. Se está surtisse efeito teríamos uma melhora na destinação correta dos rejeitos.

A responsabilidade deve ser compartilhada pela indústria e pelo varejo. Essa legislação também prevê a erradicação dos lixões que ainda correspondem a pouco mais de 70% em todo o território Brasileiro até o fim do ano de 2015, a construção de edifícios verdes em grande escala podem representar em um curto prazo a edificação de um novo Brasil urbano. Mas como de costume sabemos que estamos munidos de boas leis, mas a falta de fiscalização ainda deve ser revista.

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