Geral
Entre tantos fetiches que pairam pelo imaginário masculino, aposto que um deles é imaginar aquela mulher atraente sem roupa. Sem calcinha, então, que seja. Bom, aliás, o assunto “sem calcinha” ainda é mistério no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Há alguns dias, alguém perdeu uma calcinha por lá — segundo as informações, mais pra calçola, com babados na lateral. O parlamentar que carregava a lingerie no bolso não foi identificado, o que é bem melhor pra ele, já que provavelmente deve ser casado e a calcinha em questão não deve ser da esposa. Daí, sim, é fim de casório.
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O fato é que essa história é pra lá de absurda — afinal, por que diabos a mulher foi tirar a calcinha e dar pro deputado, presumivelmente em algum gabinete? Bom, a isso chama-se tara sexual. Óbvio. Tem mulheres que adoram se insinuar pros homens com calcinhas pequenas e há as que preferem não usar a lingerie. No caso do parlamentar em questão, a vítima usava, já que a tirou e a deu a ele como recordação. Hum, que coisa, né?
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Bem melhor usar ou não usar? Cada um escolhe a seu modo, depende do dia, do companheiro, do jogo de sedução. E é nesse ponto que quero chegar. Às vezes, o melhor recurso para uma roupa cair bem é abrir mão da calcinha. Por mais confortáveis que sejam, há peças que marcam e estragam a produção. Se bem que, quando uma mulher decide sair de casa sem calcinha pra jantar com o namorado ou pra ir pra balada encontrar o gatinho ficante, ela sabe o que quer (e não é apenas a preocupação com o look). Ela sabe que vai mexer com o imaginário dele. E mexe. Tem homens que gostam de ver a roupa colada no corpo e ficar na dúvida: opa, cadê a calcinha? Até descobrir que ela está sem nada por baixo vai longe. E a mulherada esperta faz o cara entrar no jogo direitinho.
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Há quem prefira uma linda e sexy calcinha. Seja branca, preta, vermelha; tem quem goste até do bege — ou do nude, tipo cor da pele. Tá valendo. Verdade seja dita: jogos sensuais alimentam qualquer relacionamento. Vale investir nos fetiches de vez em quando — sair da rotina, como queiram. Agora, é melhor que o bom senso prevaleça. Gabinete não é lugar de namorar explicitamente. Talvez uns beijinhos no rosto, um abraço mais carinhoso, nada além disso. Imagina, então, tirar a calcinha e dar pro parlamentar levar pra sessão? Coitado, vai que ele tem tara por calcinhas, faz o estilo Wando, e quis aumentar a coleção? Achou uma lingerie perdida no chão e resolveu arriscar. Pois é. Se pelo menos o bolso tivesse zíper!