Geral
Por Marcos Staskoviak
No dia 26 de julho de 1987, 25 anos atrás, estreava nos cinemas “Nascido Para Matar”, de Stanley Kubrick. Já escrevi sobre ele, mas é válido retomar o tema, mas mudando um pouco o foco.
Assistir diversas vezes um filme tem suas vantagens, além de quase decorar uns trechos. Como acontece com qualquer obra, quanto mais se olha mais coisas se vê. Na última vez que meu limitado cérebro teve o prazer de vê-lo, já um tanto acostumado com a trilha sonora impecável, fiquei pensando na qualidade do texto de Kubrick, Michael Herr e Gustav Hasford, autor do livro que deu origem à película.
O longa-metragem é quase uma infindável sequência de diálogos inteligentes, cáusticos e de humor corrosivo, e muito bem bolados que lançam críticas contundentes não somente sobre a Guerra do Vietnã, mas sobre o papel da sociedade e seus elementos diante de uma situação dramática e traumatizante.
O rigor psicológico do treinamento, antevendo cenários insanos no campo de batalha, é o primeiro tapão na orelha. Sequências como a reunião de pauta de uma publicação militar e a gravação de um documentário, ou reportagem sei lá, colhendo depoimentos dos soldados mostra a relação entre a mídia com quem precisa vender a guerra e as massas, necessárias para sua continuidade.
Nascido Para Matar
(Full Metal Jacket)
EUA – 1987
Diretor: Stanley Kubrick
Produção: Stanley Kubrick e Jan Harlan
Roteiro: Stanley Kubrick, Michael Herr e Gustav Hasford
Elenco: Matthew Modine, Adam Baldwin, Vincent D’Onofrio, Lee Ermey, Dorian Harewood, Arliss Howard, Kevyn Major Howard, Ed O’Ross, John Terry, Kieron Kecchinis, Kirk Taylor, Jon Stafford, Ian Tyler, Papillon Soo e Bruce Bo
Fotografia: Douglas Milsome
Trilha Sonora: Vivian Kubrick
Duração: 116 min.
Orçamento: US$ 17 milhões
Classificação: 18 anos
