Mulheres devem tomar cuidado nas férias
Fuso horário, mudança de hábitos alimentares e esquecimentos podem prejudicar o efeito da pílula anticoncepcional. Conheça as alternativas para evitar riscos
Sol, mar, piscina, dias e dias dedicados ao dolce far niente. Vêm aí as férias de verão! Sinônimo de muito descanso curtição e chance maior de… “Ih! Esqueci a pílula!” Quem nunca passou por isso? A situação é mais comum do que se imagina, resultado da mudança de rotina no período. O problema é que apenas um comprimido esquecido na cartela triplica o risco de uma gravidez não planejada, se não houver proteção extra durante a relação sexual. E, atenção para quem vai para mais longe: a simples mudança de fuso horário também pode prejudicar o efeito contraceptivo do anticoncepcional oral.
Muitas mulheres não sabem, mas a pílula contraceptiva deve ser tomada no mesmo horário a cada dia. Outro fator desconhecido é que vômito e diarreia, corriqueiros devido à mudança de hábitos alimentares nas férias, interferem, de igual forma, no funcionamento do método oral, pois impedem a absorção adequada dos componentes do anticocepcional pelo organismo, a fim de garantir o efeito esperado de prevenção à gravidez (ver quadro).
Para quem usa a pílula, então, é importante ter um cuidado adicional com relação a esses detalhes. Alternativas indicadas por ginecologistas são os métodos que não exigem ação diária da mulher. Existem os anticoncepcionais, o anel vaginal e injetáveis e semanal (adesivo), além dos de longa ação (injetável trimestral, implante e DIUs, que podem ajudar a reduzir fatores presentes durante as férias que tornam o contraceptivo de uso diário vulnerável, colocando em risco sua segurança.
Anel Vaginal
Frequência de uso: mensal. Utilização: O anel, transparente e flexível, deve ser inserido na vagina pela própria mulher. Age liberando hormônios (estrogênio e progestagênio) continuamente. Tem duração de três semanas com uma semana de intervalo.
Adesivo Transdérmico
Frequência de uso: Semanal. Utilização: Colocado sobre a pele das costas, braço ou nádegas a cada sete dias, durante três semanas consecutivas, com uma de intervalo. Age liberando hormônios (estrogênio e progesterona) continuamente.
Implante Subcutâneo
Frequência de uso: 3 anos. Utilização: Bastonete de 4 cm de comprimento com apenas etonogestrel (um tipo de progestagênio) em sua composição, que é liberado gradualmente, impedindo a ovulação. Deve ser inserido pelo médico abaixo da pele do braço com anestesia local.
Injetável
Frequência de uso: Mensal ou trimestral.