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O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e o Conselho de Engenharia e Agronomia (Crea) regulamentam a responsabilidade técnica sobre projetos e execução de arquitetura e engenharias, vistoriando e garantindo a qualidade da construção. Muito embora seja aconselhada a apresentação de todos os projetos em qualquer obra, é nas construções mais complexas ou com mais de 100 m² que os projetos complementares são exigidos pelos órgãos federais.
São chamados complementares os projetos que auxiliam, complementam e determinam diretrizes para o projeto arquitetônico da obra, podendo estes influenciar diretamente na concepção dos espaços. Estes projetos são fundamentais, pois são calculados com precisão e definem a estrutura que irá suportar a obra e alimentar as tubulações da obra.
Podem ser projetos de complementação final da obra, como paisagismo, decoração de ambientes e detalhamento de móveis ou – os mais conhecidos – projetos de infraestrutura básica predial, sendo de extrema importância que sejam projetados e executados adequadamente por engenheiros ou arquitetos especializados. Este último grupo contempla com obrigatoriedade: projeto estrutural; projeto elétrico; projeto hidrossanitário; projeto telefônico; entre outros, que variam de acordo com a finalidade da construção, como projeto de prevenção de incêndio, projeto de tubulações de ar-condicionado etc.
O projeto estrutural é o dimensionamento das estruturas que irão sustentar a edificação, transmitindo as suas cargas ao terreno. Esse projeto é de fundamental importância, pois é o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos. Uma estrutura com lajes, vigas, pilares e fundações superdimensionados representa custos altos e não significa, obrigatoriamente, segurança. É preciso que haja um perfeito equilíbrio entre os materiais dentro dos elementos estruturais para que as peças sejam consideradas seguras e, consequentemente, toda a obra. Uma estrutural mal-dimensionada pode até não cair, mas traz problemas como trincas que são, na maioria das vezes, de solução muito difícil e cara.
O projeto elétrico consiste no dimensionamento das cargas elétricas, fios, eletrodutos, disjuntores e vários outros elementos com seus respectivos detalhamentos. É um projeto muito importante, pois uma instalação mal-dimensionada e mal-executada, apesar do emprego de material de primeira qualidade, pode acabar gerando grandes despesas futuras e até acidentes de grandes proporções como incêndios.
O projeto hidrossaniátio é o responsável pelo bom dimensionamento das tubulações de águas e esgotos sanitários e pluviais. Promove economia, conforto e higiene. Casos comuns de pouca pressão de água em chuveiros e mal cheiro em ralos são oriundos da falta de um bom projeto hidrossanitário.