Nesta segunda-feira o Memorial de Francisco Beltrão abre as portas para visitantes. Numa solenidade de sexta-feira, com a presença do prefeito Antonio Cantelmo Neto, a diretora de Cultura, Soraia Quintana, em seu pronunciamento, que segue, deu um resumo da história do Memorial.
O Memorial foi criado com a finalidade de preservar a Memória Histórica e Cultural do Município. Dispõe de aproximadamente 20 mil fotos da cidade, em sua maioria fotos históricas, documentos originais do período da colonização do município, realizada pela Cango, documentos referentes à Revolta dos Posseiros, aúdios e depoimentos manuscritos de pioneiros, fotos, documentos, troféus que resgatam a parte cultural e artística do município desde a década de 80.
Foi inaugurado em 21/12/2012, mas sua implementação efetiva e funcionamento estamos dando no dia de hoje.
Durante todo ano de 2013, foi realizado um exaustivo trabalho de organização, separação e tratamento dos documentos originais que se encontravam em más condições, resultado do armazenamento incorreto desses importantes documentos. Também fizemos um levantamento detalhado do acervo existente, uma pré-catalogação e o trabalho ainda não acabou, pois a nossa principal meta é ter as fotos e os documentos originais digitalizados, facilitando assim o acesso e a pesquisa.
Gostaria de agradecer a Administração Municipal, ao prefeito Antonio Cantelmo Neto, que entendeu a importância do Memorial de Francisco Beltrão na preservação da memória do município. Tivemos a aquisição de um scanner profissional moderno indicado para escanear documentos antigos, pois não agride o documento, um computador completo, gravador digital para ser utilizado nas entrevistas nos resgates históricos, material para higienizar, tratar e arquivar os documentos antigos.
Durante o período que estivemos realizando trabalho interno, recebemos importantes doações ao acervo do Memorial:
Durante as comemorações e homenagens aos 70 anos da Cango, realizados no ano passado, o 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado nos doou imenso acervo fotográfico da instituição e uma farda que está em exposição. Nossos agradecimento ao tenente Pablo Melo, que aqui está representando a Instituição.
Recebemos com muita alegria, da Família Pécoits, aqui representada pelo Sr. Roberto Pécoits, documentos originais, relatórios,manuscritos, matérias de jornais do período da Revolta dos Posseiros, que faziam parte do acervo particular do dr. Walter Pécoits, grande polítco, ex-prefeito de Francisco Beltrão e um dos grandes nomes/líderes da Revolta dos Posseiros. Recebemos também a máquina de escrever usada pelo dr.. Walter Pecóits, que mais tarde iremos colocar em exposição.
Recentemente recebemos do Incra a pedra marco Sul da Getsop. Não podemos falar de Francisco Beltrão sem mencionarmos a Cango e, posteriormente, o Getsop. Muito Obrigada ao Sr. Rodrigo Silka representante do Incra.
Agradecemos ao Conselho da Mulher Empresária, aqui representado pela Sra. Deonice Ribeiro, pela doação de um material referente às feiras de Francisco Beltrão, desde a 1ª Fenafe até a ultima Expobel realizada este ano. São fotos digitalizadas e banners. Essa pesquisa contou com a ajuda e o apoio do Jornal de Beltrao, Folha do Sudoeste, Jornal Opinião, Sr. Osvaldo Lehr, Angelina Lopes, Lurdes Arruda e Eliane Cantelmo Shimitz
O Horário de funcionamento do Memorial será de segunda a sexta 8h30min às 11h30min, 14h às 17h.
Nesse momento gostaríamos de agradecer imensamente a todas as pessoas que contribuíram para que a implementação do Memorial fosse possível, gostaria de agradecer em especial aos ex-diretores de Cultura, que nos deixaram um lindo legado artístico e cultural, um trabalho iniciado em 1981 com a Sra Maria de Araujo Bond e os teatros ao ar livre, que teve continuidade com Nilson Violato nas primeiras oficinas de teatro para crianças, ao trabalho de resgate das peças e dos documentos da Cango realizado pela sra. Elise Scalco em 84, pelas exposições artísticas organizadas pelos senhores Dione Tomazoni em 89 e em 93 pelo Neldo Claus, pela criação do Festival Marreco da Canção na gestão da Gilda Virmond em 93, pela batalha na construção do teatro Eunice Sartori em 96 na gestão da Ana Marielli Arruda, pelo Concurso Francisco Beltrão de Literatura na gestão de Lucimar Leão em 97 que hoje atingiu parâmetro de Concurso Nacional e a sra.Tânia Penso Ghedin que reuniu todas essas documentações e idealizou o Memorial de Francisco Beltrão.
“O tempo pode apagar a fisionomia de um rosto, mas não podemos deixar de lembrar dessas pessoas que lutaram para que a nossa história não saia da memória das futuras gerações.”