Mesmo com o fim do verão e a queda nas temperaturas, o número de casos da doença segue aumentando, principalmente nas regiões Noroeste, Norte e Oeste do Estado. Desde agosto de 2013, 6.879 casos já foram confirmados no Paraná, sendo que 64 pacientes evoluíram para a forma grave da dengue. Além disso, 14 municípios já enfrentam situação de epidemia da doença: Maringá, Marilena, Nova Londrina, Indianópolis, Cidade Gaúcha, Itaúna do Sul, Guaíra, Tamboara, Missal, Nossa Senhora das Graças, Alvorada do Sul, Guaporema, Loanda e Sarandi.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que o período crítico da dengue ainda não passou e que as medidas de prevenção devem ser intensificadas. “Nos últimos anos, estamos registrando casos de dengue durante todo o ano. Por isso, é importante que todos façam a sua parte e não esqueçam de eliminar os criadouros do mosquito de suas casas e quintais”, ressaltou. Dos 14 municípios já classificados como epidêmicos, seis estão na região Noroeste, quatro na região Norte e dois no Oeste. “A morte por dengue geralmente é evitável. Com um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, é possível que o paciente seja curado”, destacou o superintendente. Contudo, Sezifredo lembra que há situações que o paciente já tem doenças crônicas pré-existentes e seu quadro clínico debilitado pode prejudicar o sucesso do tratamento. “Quem é doente crônico ou tem alguém na família nessas condições, deve ter atenção redobrada”, completou.
O boletim divulgado ontem traz ainda a confirmação de mais duas mortes por dengue registradas nos municípios de Flórida e Rolândia, no Norte do Estado. O caso de Flórida trata-se de uma mulher de 46 anos, com diabetes e hipertensão, que morreu em janeiro. Já o morador de Rolândia tinha 58 anos, também era portador de diabetes e hipertensão e morreu em abril. Na região Sudoeste, a situação é estável. Foram registrados três casos autóctones e dois importados na microrregião de Beltrão. Na região de Pato Branco até agora foram confirmados cinco casos importados.