19.4 C
Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Hoje estão programados protestos contra a Copa

Manifestantes também querem ?controlar a imprensa? e não aceitam uma lei antiterrorismo.

 Mais de 12 mil pessoas confirmaram presença, pelas redes sociais, nas manifestações que ocorrerão hoje em pelo menos sete cidades-sede da Copa do Mundo, além de Vitória, no Espírito Santo e, inclusive, Santiago, no Chile. O Dia Internacional de Lutas contra a Copa, 15M, como foi chamado, reunirá movimentos sociais, organizações civis, partidos políticos, pessoas atingidas por grandes obras e ativistas. Com o mote “Copa sem povo: tô na rua de novo”, os manifestantes pretendem ocupar as ruas, como ocorreu, em junho do ano passado, quando uma série de manifestações mobilizou milhares de brasileiros durante a Copa das Confederações. Integrante do Comitê Popular da Copa do Distrito Federal, Thiago Ávila explica que o dia marcará o início das manifestações programadas para ocorrer “até o último dia da Copa”. Para ele, será o momento de afirmar que “Precisamos de um projeto alternativo de sociedade, com menos desigualdade”. Desta vez, os organizadores pretendem tornar mais claras as reivindicações, aproveitando também a projeção midiática da Copa do Mundo para denunciar o que a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) aponta como violações dos direitos humanos decorrentes da realização do Mundial. 

Contra a lei antiterrorismo
O 15M tem 11 pautas. Entre elas, o arquivamento dos projetos de lei que tipificam crime de terrorismo ou amplia penas para danos causados durante manifestações. Os atos também cobram a desmilitarização das polícias, pensão vitalícia para as famílias dos nove operários mortos trabalhando na construção de estádios da Copa e para os incapacitados em acidentes de trabalho, bem como a responsabilização das construtoras.

Contra a imprensa
O manifesto do 15M também defende a “democratização dos meios de comunicação” [que é o controle sobre o conteúdo do trabalho da imprensa] e investimentos em transporte público de qualidade gratuito, além da tarifa gratuita nos transportes públicos, pauta que movimentou o país, no ano passado. No Rio de Janeiro, os professores em greve devem aderir ao movimento. “Estamos com várias greves pela cidade. O caldo está engrossando. Esperamos que o livre direito às manifestações seja respeitado e que não tenhamos a mesma repressão do ano passado”, diz a economista do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), Sandra Quintela.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques