Na manhã de ontem, um servidor público, que não quis se identificar, denunciou para a Rádio Onda Sul FM a falta de coleta do Lixo Hospitalar Infectante (LHI) no Hospital Regional (HR) de Francisco Beltrão. De acordo com a pessoa identificada como funcionária da instituição, há resíduos humanos transbordando, como placentas e pedaços de fígado. A empresa que faz o recolhimento das RHIs é terceirizada pelo governo do Estado.
O Jornal de Beltrão entrou em contato com o diretor do Hospital Regional, Eduardo Cioatto, que confirmou a situação de atraso da coleta do lixo, que não acontece há uma semana e três dias, mas que não há uma situação de “transbordamento”. “Realmente, há uma pendência de coleta de lixo hospitalar, mas não procede o fato de transbordamento do lixo e nem que há placenta nele”, afirmou Eduardo.
Segundo o diretor, a instituição conta com dois abrigos de resíduos para guardar o lixo e, no caso de membros humanos, eles são congelados até que tenham o destino correto. “Nós recebemos a Vigilância Sanitária, que orientou a organização desses resíduos, e acreditamos que até amanhã (hoje) esteja resolvida a situação”, declarou Eduardo.
A falta do recolhimento aconteceu porque o governo de Estado não pagou a empresa terceirizada. O diretor informou que o problema era referente à documentação da empresa. “O hospital passa por um momento complicado, de retorno de greve, no qual o governo não abonou os dias de greve e ainda exige que eles o reponham. Então, o fato de um servidor ter aumentado a história da coleta é para prejudicar a imagem da instituição. Nós somos transparentes, existe o problema, mas está sobcontrole”, declarou.