Cuidar da saúde muscular e adotar medidas práticas dentro de casa são atitudes preventivas.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, um em cada três indivíduos com mais de 65 anos sofre com as quedas. Desse total, um em cada 20 chegam à fratura ou necessitam de internação. E o risco de morte no ano seguinte à hospitalização em decorrência de uma queda pode chegar a 50%.
Entre os idosos com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Os que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. De acordo com o Centro de Estudos Ortopédicos do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo, 70% das quedas de idosos acontecem em ambiente domiciliar. Esses números demonstram que os idosos estão expostos a riscos até mesmo dentro de casa, o que indica que o domicílio é um local que requer muita atenção.
Atualmente, há no Brasil cerca de 14,9 milhões de pessoas com mais de 65 anos. O número hoje representa 7,4% do total da população, mas deve alcançar a marca dos 26,7% até 2060, chegando a 58,4 milhões de pessoas. Esse crescimento deve provocar a elevação no número de casos das doenças associadas ao envelhecimento. As quedas, por exemplo, são um dos problemas englobados nessa nova realidade.
Causas
As quedas entre idosos, saudáveis ou não, são cada vez mais comuns. Estima-se que, no país, cerca de 30% desses indivíduos caiam pelo menos uma vez por ano: uma média de 4 milhões de pessoas. Isso contribui para o aumento do número de internações e a perda de autonomia dessas pessoas.
Esse quadro exige uma postura diferente de toda a população: é preciso compreender que as quedas, desde as mais leves até os casos fatais, podem ser evitadas com a adoção de medidas simples bem como pela atenção e o cuidado precoces com a saúde física e mental do idoso.
As quedas podem ser associadas às doenças cardíacas e neurológicas, à diminuição na visão e ao uso de determinados medicamentos, mas acontecem especialmente em razão da fraqueza e da alteração do equilíbrio e da locomoção. Isso chama a atenção para a importância da estimulação e da manutenção de níveis saudáveis de massa muscular e óssea, principais responsáveis pela força, pela mobilidade e pelo equilíbrio.