Segundo Ivano Carniel, técnico do Deral da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), núcleo de Pato Branco, cerca de 20% das plantações de feijão da microrregião de Pato Branco ainda aguardam para serem colhidas. Ivano ressalta que, apesar da dessecagem das lavouras já ter sido concluída, a qualidade dos grãos que ainda estão no campo deve cair após este longo período de chuvas. “Esta parcela deve ter sua qualidade depreciada, pois foi um volume muito grande de chuva”, explica. Na região de Francisco Beltrão restam 25% da área do feijão da safrinha para serem colhidos.
O cultivo atingiu 33.130 hectares. Neri Munaro, chefe do núcleo da Seab de Beltrão, diz que há possibilidade de perdas nestas lavouras e de rebrota das plantas. “Se o produtor passou o dessecante para emparelhar a colheita, ele (o químico) se perde, aguenta menos e (o grão) pode apodrecer, perder cor”, diz. Com isso, o agricultor poderá perder em remuneração. No milho, foram plantados 38 mil hectares e praticamente não deve ocorrer quebra porque o cultivo está no final do ciclo. No entanto, se houver quebra, elas só serão observadas nos próximos dias.
O plantio de trigo que está em seu início, deve representar 90 mil hectares na microrregião de Pato Branco. Segundo Ivano Carniel, aproximadamente 15% desta estimativa já foi plantada. “Este trigo está em início de plantio, em início de emergência e não deve sofrer grandes danos. Acredito que o problema maior nestas áreas hoje esteja relacionado à erosão”, diz o técnico. Carniel ressalta que devido à condição climática, de período muito chuvoso, a cultura deve receber atenção especial dos produtores, pois a umidade propicia o surgimento de doenças fúngicas iniciais.
