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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Câmara entrega três títulos de cidadania honorária

Os três homenageados juntamente com os vereadores
depois da entrega dos títulos de cidadania honorária.

Com plenário lotado, a câmara de vereadores de São Jorge d’Oeste entregou três títulos de cidadania honorária na última sexta-feira, 13. Os ex-vereadores Arlindo Fay e Waldomiro Jordani juntamente com a pioneira Rosalina Fachinello Marafon foram homenageados pelos serviços prestados ao município, com projetos indicados pelos vereadores Adir Antônio Marafon (PSDB), Edson Padreco Ribeiro (PSD) e Osmar Marmitt (PDT) sucessivamente. 

A cerimônia contou com grande participação popular e também foi prestigiada pelo prefeito Gilmar Paixão (PT). “Todos os homenageados fizeram e continuam fazendo trabalhos importantes para a nossa população, por isso, a homenagem é mais do que justa”, enfatizou o prefeito. 

Históricos
Rosalina Fachinello Marafon nasceu em 18 de janeiro de 1941 em Encantado (RS). Em 1958, ela se casou com José Marafon (em memória) com quem teve cinco filhos, 19 netos e um bisneto. Na mesma semana do casamento, ela mudou-se para o Paraná, onde chegou na cidade de Chopinzinho. Mais tarde, em 1960, o casal foi para São Jorge d’Oeste. 

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Bastante religiosa, Rosalina teve uma vida dedicada para a Igreja Católica.  “Desde criança eu queria ser útil para a Igreja. Pensei em ser freira, mas não foi possível, minha família era muito pobre. Comecei a dar catequese aos 12 anos, aos 15 anos, eu ajudava o padre Jacó (em memória) a responder a missa. Na época, o padre ficava de costas para o povo e, quando faltava o sacristão, eu respondia a missa em latim, isso lá em Xavantina (SC) ainda”, lembra a pioneira.

Desde que chegou em São Jorge, ela continuou os trabalhos na Igreja como catequista e também auxiliava outras atividades. Com a morte do seu esposo, ela iniciou um novo trabalho para Deus. “Foi quando eu decidi trabalhar na paróquia sem cobrar nada”, disse. Com a chegada do Padre Nori Broch, ela foi convidada para morar na casa paroquial e continuou seu trabalho gratuito. “Quando fui morar na casa paroquial, eu não tinha nada de bens materiais. Tinha somente minha roupa e a minha aposentadoria. Disse para mim mesma que iria realizar meu sonho de ser freira. Comuniquei ao Bispo Dom José Antônio Peruzzo e em poucos meses recebi os votos  Perpétuo não podendo mais casar e não ter bens. Eu tinha me decidido e tinha certeza que era isso que eu queria”, conta. 

Waldomiro Jordani nasceu em 5 de maio de 1932 em Concórdia (SC). Casado com Estather Camillo Jordani, ele teve oito filhos e chegou a São Jorge d’Oeste em 1961, quando se instalou com a família na comunidade de Iolópolis. Sempre muito envolvido com a comunidade, Valdomiro começou sua carreira nas diretorias de igreja, de clubes esportivos e da escola ainda em Santa Catarina. 

Ele ainda participou ativamente das diretorias de sindicatos dos trabalhadores rurais e, ainda hoje, faz parte do Comitê da Cooperativa da Coasul. Mais tarde, Waldomiro foi eleito vereador mais votado na primeira gestão municipal, entre de 1963 a 1968 com 56 votos. Ele fazia parte do PDC e é o único vereador daquela gestão que ainda está vivo.  

Arlindo Fay nasceu no dia 27 de abril de 1946 em Passo Fundo (RS). Aos 14 anos de idade, começou a trabalhar na Sociedade Cooperativa Mista do Núcleo Triticola. Em 1968, entrou para o serviço militar no primeiro batalhão de polícia do exército no Rio de Janeiro (RJ) como fotógrafo. Ele saiu da rotina militar para assumir a gerência da cooperativa, mas em 1969 foi convidado pelo seu irmão José Fay (em memória) para trabalhar na Prefeitura de São Jorge d’Oeste, onde se tornou responsável pela tesouraria. 

No mesmo ano, foi instalada a junta militar e expedição de carteiras de trabalho no município e Arlindo se tornou o secretário da junta. Em 1973 deixou o cargo público para trabalhar no Banestado e casou-se com Erci Pooter, com quem teve dois filhos e quatro netos.  Arlindo sempre participou dos movimentos sociais, sendo presidente do União Clube, além de auxiliar na fundação da APAE (foi presidente), da fundação da Associação dos Agricultores de Dois Vizinhos (foi presidente), e atuar no Conselho da Pastoral da Igreja Matriz e da criação do Grupo Alcoólicos Anônimos (AA). 

Em 1976, lançou sua candidatura ao cargo de Vereador e foi eleito com 326 votos pela Arena para a legislatura entre 1977 e 1982. Na sequência, ele ainda se elegeu em 1982, 1988 e 1992 pelo PDS e em 1996 e 2000 pelo PPB. Em 2004, Arlindo ainda foi eleito primeiro suplente. Durante os vinte o oito anos como vereador, ele foi o presidente da constituinte que elaborou a Lei Orgânica do Município e também do Regimento Interno da Câmara e por varias vezes ocupou o cargo de Presidente do Legislativo.

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