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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Autoridades se reúnem para discutir problemas de segurança pública

O Conselho Comunitário de Segurança e a Associação de Moradores do Bairro São Miguel organizaram uma reunião na noite de quarta-feira, 13, com a presença do Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Exército Brasileiro, Penitenciária Estadual, CDL e Câmara de Vereadores. O objetivo foi debater problemas relativos à segurança pública e o projeto Vizinhança Solidária.

O promotor de justiça Fabrício Trevisan Almeida, o primeiro a se pronunciar, disse que os efetivos das polícias Militar e Civil aumentaram nos últimos anos, mas ainda precisam melhorar. Segundo ele, ao contrário do que muitas pessoas dizem, a vinda da Penitenciária Estadual para o município foi benéfica e resolveu o problema das cadeias da região que estavam superlotadas.

“Antes, tínhamos a cadeia com aproximadamente 120 presos, onde há capacidade para 30. Detentos perigosos, que, se ocorresse uma fuga, estariam no centro da cidade. Depois que foi colocada a cerca elétrica na Penitenciária não tivemos mais nenhuma fuga, e se for fugir está longe da população”, observa. Trevisan entende que é muito importante que as lideranças de cada bairro comecem a se organizar e ressaltou a necessidade dos eleitores cobrarem dos candidatos no período eleitoral propostas para o setor de segurança pública.

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O agente penitenciário Francisco Marcelo Correa, que estava representando a direção da unidade, reforçou que dificilmente as famílias dos presos se transferem para a cidade onde eles cumprem pena. “É uma grande mentira”, afirma. Ele reconhece que ainda faltam agentes para completar o efetivo necessário, porém a instalação de câmeras de monitoramento e cercas elétricas, apoiadas pela comunidade, reduziram as fugas. “Neste ano não tivemos nenhuma fuga”, frisa.

Canil
De acordo com ele, a unidade está terminando a construção de um canil. A presença de cães treinados irá ajudar na segurança do estabelecimento. Ele salienta que as fugas que tem ocorrido atualmente são dos presos do regime semiaberto, que podem sair para trabalhar durante o dia e retornar para a penitenciária à noite. “Muitos desperdiçam essa oportunidade e fogem do canteiro de trabalho, quando são recapturados voltam para regime fechado.”

O capitão Rogério Pitz, comandante da 1ª Cia da PM, enalteceu a iniciativa dos moradores e informou que a Polícia Militar fez um trabalho de pesquisa nos bairros São Miguel, São Francisco e Novo Mundo para levantar quais as principais reivindicações da população na área de segurança pública.

As principais queixas foram: falta de segurança no trânsito próximo das escolas e creches, ausência de grades no muro da escola, presença de desocupados nas proximidades dos estabelecimentos de ensino, falta de iluminação pública em alguns pontos, enchentes, entre outros. A própria Polícia Militar levou estes pedidos para a Prefeitura e muitos deles já estão sendo resolvidos.

Vizinhança Solidária: Waldemi Fernandes, presidente do Conselho de Segurança, expôs o projeto Vizinhança Solidária. 

A adesão é livre para cada morador. São colocadas placas nas residências que participam com telefones dos órgãos de segurança e o proprietário se compromete a tomar conta da casa do vizinho e da rua onde mora, informando as forças policiais sempre que verificar uma atividade suspeita. A ideia é que aquela área seja vigiada pela comunidade. 

A intenção é criar uma rede de proteção em que cada um cuida do patrimônio do outro. Além de resgatar o espírito de solidariedade que se perdeu ao longo do tempo. “Sempre vão existir vítimas, delinquentes e oportunidades. A vítima e o delinquente não vão acabar nunca, o que podemos fazer é reduzir a oportunidade. O meliante sempre vai assaltar onde a sociedade está desorganizada”, destaca. 

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