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Francisco Beltrão
sexta-feira, 20 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Um Drink no Inferno

Quentin Tarantino tem um estilo muito próprio empregado em seus trabalhos. Há quem goste (eu) e quem odeie. Próximo dele está seu brother Robert Rodrigues. Infelizmente seus filmes não têm aquele esmero nos diálogos como acontece com Tarantino, mas, a criatividade, a violência e o humor estão lá.

Quentin Tarantino tem um estilo muito próprio empregado em seus trabalhos. Há quem goste (eu) e quem odeie. Próximo dele está seu brother Robert Rodrigues. Infelizmente seus filmes não têm aquele esmero nos diálogos como acontece com Tarantino, mas, a criatividade, a violência e o humor estão lá. “Um Drink no Inferno” é um bom exemplo.

Um bom exemplo também do que a gente via e gostava, lá nos idos dos anos 90, quando se ouvia Green Day, Bon Jovi, Mamonas Assassinas, Skank, The Cranberries, Rednex (lembra?)… Aliás, sabia que Rednex é sueca?

Voltando ao filme. Algo muito legal dele é que faz parte do “Tarantinoverso”, um tipo de universo como o da Marvel. Dois universos ligados, segundo o próprio Tarantino, conectando tudo que ele dirigiu, escreveu ou produziu. São muitas referências e citações que dão um charme especial à experiência.

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Aqui os irmãos Seth (George Clooney, conseguindo o feito de sair da TV e emplacar no cinema) e Richard Gecko (Tarantino) são criminosos impiedosos procurados pela polícia. Em sua fuga para o México seqüestram a família do ex-pastor Jacob Fuller (Harvey Keitel) e os levam para uma bodega muito estranha.

Muito circense e instigante parece atrair um público muito específico, “tutti buona gente”, como mariposas diante de uma lâmpada. As demonstrações de masculinidade são caricatas e cômicas e é nesse momento que surge a mais icônica cena da “fita”, com Santanico Pamdemonium (Salma Hayek) fazendo sua apresentação de dança com uma cobra amarela e uma garrafa de cerveja.

Como se já não fosse bizarro o suficiente, uma boa parte dos viventes lá dentro se transforma em vampiros, dando início a uma carnificina mais gosmenta que cuspida de bêbado. Com história fraca e ação muito divertida, esse cult merece ser revisitado com alguma frequência.

Um Drink no Inferno
(From Dusk Till Dawn)
EUA – 1996

Direção: Robert Rodrigues
Roteiro: Robert Kurtzman, Quentin Tarantino
Produção: Gianni Nunnari
Elenco: George Clooney, Quentin Tarantino, Harvey Keitel, Juliette Lewis, Salma Hayek, Cheeck Marin, Danny Trejo, Tom Savini, Fred Williamson, Michael Parks, John Saxon, Kelly Preston, Marc Lawrence, John Hawkes, Greg Nicotero, Lawrence Bender, Tia Texada
Fotografia: Guillermo Navarro
Trilha Sonora: Graeme Revell
Duração: 1h47min
Orçamento: US$ 20 milhões
Classificação: 18 anos

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