
No último sábado, 20, diretores da Associação dos Catadores de Produtos Recicláveis de Francisco Beltrão (Ascapabel) se reuniram para discutir assuntos de interesse dos associados. O encontro contou com as presenças de João Bactista Manfroi, contador e financeiro; Rogério Soares do Amaral, vice-presidente; Pedro Ribeiro, secretário; Liomar Mendes Borges, tesoureiro; e Joel Rodrigues Ferreira, presidente. Um dos assuntos em discussão foi a viagem a Cascavel.
Após uma rápida verificação nos trabalhos que estão sendo realizados pelos funcionários internos – como separação do lixo reciclável, que posteriormente é vendido, passando pela prensagem, compactação e armazenamento, separação do lixo orgânico que depois é enviado ao aterro sanitário sob os cuidados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente -, os dirigentes seguiram a pauta da reunião.
Foi analisada a possibilidade de aquisição de novos equipamentos para a associação; discutiu-se sobre as faixas amarelas que estão sendo colocadas nos cinco caminhões, para melhor identificação no momento da coleta do lixo. Também foi tratada a obrigatoriedade da lei sobre o uso dos equipamentos pelos funcionários como máscaras, aventais, meias, calçados, camisetas e protetores auriculares – Equipamento de Proteção Individual (EPIs) -, que são certificados pelas fábricas e indicados para quem trabalha no setor do lixo e da coleta seletiva.
Também se discutiu uma viagem de estudos a Cascavel, pelos dirigentes e alguns funcionários, para conhecer o sistema da coleta seletiva daquela cidade, bem como as máquinas utilizadas para a maior rapidez dos trabalhos.
A Associação dos Catadores de Papel de Francisco Beltrão tem como parceira a administração municipal e algumas empresas que colaboram com a entidade desde o ano 1995. Atualmente, são 70 funcionários com emprego fixo e em torno de mais 70 como catadores nas ruas. Os funcionários da entidade estão devidamente registrados, têm todos os benefícios das leis trabalhistas; recebem, além dos salários, assistência médica e jurídica e vale-alimentação de 10 por dia trabalhado.
O presidente Joel lembrou aos presentes, mais uma vez, a falta de espaço para estocagem do material reciclável que vem das ruas. João Manfroi disse que existe a elaboração de um projeto por parte do setor de arquitetura da Prefeitura, em fase final, para que seja possível reivindicar um financiamento, a fim de construir mais um barracão de mil metros quadrados e a compra de outras máquinas necesssárias para agilizar o trabalho dos funcionários.
Nova máquina
A novidade mais recente na Associação dos Catadores de Papel é a máquina que transforma o isopor, diminuindo em 95% o seu volume. O novo equipamento abriu a oportunidade para o recebimento do isopor, que, colocado em temperaturas altas até o seu “derretimento” (e não a queima), é homogeneizado e transformado em filetes, na forma de “espaguete”. Com essa inovação, tornou-se possível o recolhimento do isopor. Esse é um trabalho de importante colaboração para a sociedade beltronense.