A beltronense Mariana Cantelmo, de 16 anos, viajou para Magadan, na parte asiática da Rússia, em setembro, através de intercâmbio pelo Rotary Club Vila Nova. Agora, a jovem conta sobre suas primeiras impressões e a adaptação a uma cultura diferente.
“Quando cheguei a Vladivostok, fui para uma orientação em um hotel de uma cidade próxima, lá já encontrei outros intercambistas e logo ficamos amigos. Fizemos uma excursão por Vladivostok, que é uma cidade incrivelmente linda! Então, o final de semana acabou e eu e mais três intercambistas viemos para Magadan. Chegamos ao aeroporto e nossas respectivas host famílias e amigos do colégio estavam nos esperando com cartazes e balões. Meus host pais fizeram churrasco na beira da praia para me receber, mas um churrasco muito diferente do nosso! Magadan é mais fria do que a maioria das outras cidades na Rússia, por isso, quando cheguei e mostrei meu casaco mais quente, Tatiana (minha host mãe) fez uma cara feia e disse “esse casaco você pode usar aqui no verão”. Isso me assustou um pouco, mas agora estou ansiosa para ver neve.
No colégio, todos usam uniformes (saia ou calça, blusa branca ou preta), temos que trocar de sala no intervalo das aulas e, quando os professores entram, temos que nos levantar para recebê-los.
Logo no primeiro final de semana meus host pais me levaram para acampar na floresta. Andamos pela praia e pelas montanhas, onde experimentei uma fruta pequena e bordô chamada “brusnika”.
Eles comem muito peixe, batata, cereais e frutas secas, tomam suco de tomate e muita sopa, e em tudo tem um temperinho de alecrim! Sem falar que tomam chá o tempo inteiro! Quase ninguém toma café (uma coisa que já estou com saudade). Na escola, de manhã, às vezes eles servem macarrão ou peixe com purê de batatas. Eu e os outros intercambistas também fomos pescar com nossas famílias e seus amigos. Pegamos alguns peixes bem esquisitinhos.
Comecei a fazer aulas de hip hop e estou adorando. Os esportes são muito valorizados, a dança e a ginástica principalmente. E também eles adoram animais, especialmente os gatos.
Os primeiros dias foram mais difíceis, pois não sabia nada além de “oi, tudo bem?” em russo. Mas todo mundo me ajuda com novas palavras e frases. Todo mundo é muito amigável e simpático comigo, espero poder conversar com eles em russo em breve!”