A previsão é inaugurar em março de 2015

mostra o forno, que em breve será instalado.
Após três anos de construção, o Crematório Jardim das Oliveiras, localizado na PR 483, bairro São Miguel, deve iniciar suas atividades em março de 2015. É o primeiro crematório do Sudoeste e o terceiro do Paraná, pois há também em Curitiba e Maringá.
O empreendimento é da Unifas Serviços Funerários e tem 1.300 metros² de área construída, com estacionamento para até 80 veículos.
Milton Inocêncio, sócio-proprietário, que está no ramo funerário há anos, explica que será possível realizar até três velórios ao mesmo tempo, não sendo necessária a cremação. “Para quem optar pelo sepultamento tradicional, levaremos até o cemitério”, afirma.
Algumas pessoas que têm jazigos nos cemitérios buscam informações para fazer a cremação e assim evitar despesas mensais com manutenção. Após o sepultamento, mesmo décadas depois, alguns ossos permanecem inteiros, como o crânio, por isso se justifica a cremação.
Memorial
Haverá um memorial, que é uma sala para depósito das cinzas, que funcionará como locação, com a possibilidade de incluir algum pertence do ente falecido. A urna que armazena as cinzas varia de R$ 500 a R$ 10 mil, dependendo do material, que pode ser cerâmica, madeira, bronze, pedra ou até mesmo de ouro.
As três salas destinadas aos velórios são interligadas por portas e podem tornar-se numa única sala, em caso de necessidade. Cada sala tem um espaço de repouso com banheiro para a família.
Há ainda uma capela ecumênica e uma praça de alimentação.

Procedimentos
A cremação dura até 1h40, sendo que o forno tem capacidade para um corpo. A sala do cerimonial tem espaço para até 120 pessoas sentadas. O caixão, chamado de urna, vai todo para o forno, apenas são retirados metais e vidros e, em caso de uso do marcapasso, este também deve ser retirado. Não há acesso ao forno, nem visualmente.
O custo varia de R$ 3.000 a R$ 4.500, conforme os serviços agregados, como locação da capela, cerimonial, músicos, telão com apresentação de vídeos e fotos e chuvas de pétalas de rosas, caso seja opção da família. Para o futuro, a intenção também é oferecer a possibilidade de revoada de pombos correios.
Segundo Milton, o procedimento contribui com o meio ambiente, pois não há emissão de cheiros e nem de fumaça, graças à tubulação. “A cremação deixa de lançar no solo mais de 70 litros de líquidos do corpo. Em países mais adiantados, como a China, este é o único procedimento permitido, até porque não há espaço para o sepultamento tradicional.”
Além disso, a cinza não polui, podendo ser jogada em rios e mares ou mesmo armazenada onde a pessoa desejar.
Em caso de morte natural, a DO (Declaração de Óbito) deverá ser atestada por dois médicos. Em caso de morte violenta, a DO deverá ser assinada pelo médico legista e contar com autorização judicial. Neste período, enquanto aguarda liberação, o corpo ficará armazenado na câmara fria, com espaço para seis corpos. “A cremação elimina o DNA, por isso a necessidade deste trâmite legal”, comenta Milton.
Ele orienta que as pessoas que desejam ser cremadas procurem informação no Crematório Jardim das Oliveiras para regularizar a opção em cartório, que ficará com um registro e agilizará o procedimento. A cremação somente poderá ser autorizada por um ascendente direto, ou seja, filhos, pai, mãe ou irmãos.