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Francisco Beltrão
segunda-feira, 23 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

O que aprendemos com a Pandemia? Um balanço de 2020 na Educação Infantil

Chrislaine

Então chegamos ao fim do ano letivo, e que ano hein?! Foi muito difícil para todo o mundo, literalmente, muitos de nós perdemos familiares, amigos, nossos empregos, nossos espaços, nossos direitos.

Fomos barrados em novos deveres, novas situações. Foi necessário mudanças, muitas mudanças. Para as famílias, para as crianças e para os professores foi um ano de muitos avanços e retrocessos, ao mesmo tempo em que avançamos com o uso da tecnologia na educação, retrocedemos ao perceber que esta mesma tecnologia é muito distante de tantos.

Pegos de susto e precisando fazer algo para que as crianças pudessem continuar sendo atendidas pela escola, mesmo estando em casa, a Educação em geral, se mobilizou para que todas as famílias pudessem continuar as atividades escolares em casa.

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Um grande número de crianças conseguiu manter um ritmo de estudos, mas também um número bem considerável de crianças não conseguiu desenvolver as atividades que eram enviadas pela escola. A perda de possibilidades foi muito grande, as metodologias ficaram muito limitadas. Ao planejar, os professores precisavam pensar se os pais teriam espaço, material e condições de desenvolver tal atividade.

A aprendizagem das crianças ficou muito comprometida, apesar do esforço redobrado de muitos. Todos se dedicaram, trabalharam muito, mas ao final, percebemos que o resultado foi muito menor para as crianças.

E isto não é culpa ou falta de ninguém. O fato de as crianças estarem por, no mínimo, quatro horas na escola, com pessoa exclusiva para se dedicar na sua aprendizagem e desenvolvimento e, em casa, ter a atenção dividida com todo o resto e uma carga horária reduzida a, mais ou menos, um terço para não sobrecarregar as famílias já dá um baque muito grande no desenvolvimento.

Este ano foi muito desafiador, mas com o ônus tem também o bônus. A convivência entre a criança e seus familiares foi muito positiva, os pais ficaram realmente incluídos na aprendizagem dos filhos.

Apesar de muitas famílias manterem suas rotinas de trabalho, as crianças tinham o ambiente do lar e um familiar na sua convivência diária. Em meio a tudo isso se percebeu o quão importante é a figura do professor e da escola na vida das crianças.

Ao precisar do elo familiar entre a criança e a escola para realizar as atividades enviadas, a figura do professor teve grande espaço. Foi ele quem mudou todo o seu planejamento, a sua forma de contato com as crianças, doou seu tempo, espaço da própria casa, sua internet, seu aparelho de celular e lutou muito para que não perdesse o vínculo com a criança.

A figura do professor é sempre muito importante independente do método de ensino que seja necessário desenvolver. Quando a pandemia for controlada e voltarmos aos espaços escolares, nada será como antes.

Esperamos ter aprendido algo com tudo isso, esperamos que se valorize o papel de cada um na sociedade, que saibamos lidar com as transformações que vão ficar para unir as pessoas e facilitar o acesso e a vida de todos.

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