Consumir mais peixes pode ajudar a melhorar os hábitos alimentares e, consequentemente, a saúde, devido ao seu valor nutritivo, principalmente em relação aos teores de vitaminas A e D e da qualidade dos lipídeos. Seu principal componente é a água, cuja proporção na parte comestível pode variar de 64% a 90%, seguido pelas proteínas, de 8 a 23%, e pela gordura, de 0,5% a 25%. “A carne de peixe apresenta a mesma proporção de proteínas que as carnes bovinas, suínas e de aves, porém de qualidade superior devido ao fato de conter menor teor de tecido conjuntivo do que as outras carnes, sua proteína é altamente digerível e rica em metionina e lisina, considerados aminoácidos essências, cuja ingestão na dieta é fundamental”, afirma Ana Luísa Cervo, nutricionista da Clínica de Nutrição da Unipar. Com relação aos lipídios, os peixes dividem-se em dois grupos: peixes magros e peixes gordos, conforme a idade, estado biológico, tipo de alimentação e estado de nutrição do peixe, como também a temperatura da água. Os peixes de água salgada são mais ricos em ômega 3 porque se alimentam de fitoplânctons (algas), que têm grandes concentrações desses ácidos. Os principais peixes fontes de ômega 3 são os de águas profundas e frias (salmão, atum, bacalhau, sardinha). Pesquisas têm comprovado que uma alimentação rica nesse ácido graxo tem papel importante na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e aterosclerótica (redução de LDL colesterol e triglicerídeos e aumento do HDL colesterol), doenças inflamatórias (obesidade) e ainda ajuda a prevenir a depressão, a psoríase e atua no sistema imune. Ana Luísa ensina também que, na hora de escolher o peixe, deve-se levar em consideração as características sensoriais do pescado fresco, tais como superfície do corpo limpa e com relativo brilho metálico, cheiro agradável, olhos transparentes, brilhantes e salientes, escamas brilhantes e bem aderentes à pele, cauda firme na direção do corpo e guelras róseas ou vermelhas e úmidas.
