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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Aviação Experimental

Sem a aviação de natureza experimental, não haveria o desenvolvimento de aviões extremamente seguros como os que temos hoje.

O sonho de voar acompanha o homem desde os primórdios e ao longo da história, diversos ensaios manifestaram este desejo. Para muitos, voar seria impossível, um poder além da capacidade humana, porém chegou-se ao entendimento que voar não exige muita força nem materiais pesados, mas sim técnica e aerodinâmica. O voo com o uso de máquinas mais pesadas que o ar, batizado de aviation por Gabriel Landelle, em 1863, só se concretizou com voos planados nos anos 1890 pelo alemão Otto Lilienthal e, finalmente, o voo motorizado no começo do século 20, pelo brasileiro Santos Dumont.

Sem conhecimento prévio, eles criaram suas aeronaves de maneira experimental. Diante desta premissa, sabemos hoje que, toda aeronave nasce experimental, afinal, esse é o caminho natural de qualquer tecnologia, onde o experimentalismo, o pragmatismo e o empirismo se encontram para apurar as novas técnicas e materiais. Sem a aviação de natureza experimental, não haveria o desenvolvimento de aviões extremamente seguros como conhecemos atualmente. As aeronaves certificadas que hoje utilizamos na aviação comercial, com toda a tecnologia embarcada e redundâncias de segurança, um dia também foram desenvolvidas e testadas como aeronaves experimentais.

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No Brasil, o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), em seu Art. 67, estabelece como regra geral que todas as aeronaves devem ser certificadas e, permite o desenvolvimento da aviação experimental. Do ponto de vista material, normalmente se utiliza tais aeronaves para lazer ou para vivenciar novos conceitos. Logo, é comum a participação de universidades, centros de pesquisa e entusiastas da aeronáutica no meio da construção experimental.

A importância da existência dessa atividade no cenário da aviação brasileira é tal que algumas iniciativas do setor vêm trazendo excelentes resultados para a comunidade aeronáutica brasileira, viabilizando a inovação tecnológica, e demonstrando reconhecimento à vocação aeronáutica do brasileiro no cenário internacional. Por fim, mostra-se fundamental, mais do que nunca, que a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), fomente incentivos à aviação experimental, afrouxe procedimentos de liberações e conceda maior autonomia aos desenvolvedores. 
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