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Francisco Beltrão
sexta-feira, 27 de junho de 2025

Edição 8.234

27/06/2025

Nome próprio é o primeiro passo para a compreensão do alfabeto e escrita

O reconhecimento do nome começa desde o momento em que a criança entra na creche.

 

Professora Ana Paula da Silva ajuda Vitória a encontrar as letras do nome dela. 

O nome da criança está na carteira, na mochila, nos brinquedos, no caderno e, antes mesmo disso tudo, no berçário. É o nome que nos identifica como indivíduos e, na hora de reconhecê- lo, as professoras propõem atividades diversificadas e que oferecem desafios aos alunos.  As atividades direcionadas iniciam na pré- escola, quando a criança tem 4 para 5 anos de idade, assim os pequenos chegam mais prontos à escola e seguem o desenvolvimento da alfabetização. 

Nesta fase, os alunos começam a compreender o aspecto figural (forma das letras) e conceitual (combinação das letras). No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Professora Ivanir Albuquerque, em Francisco Beltrão, os alunos se divertem na hora de aprender as letras.  A pré-escola conta com a orientação das professoras Serli Terezinha e Ana Paula da Silva. “Nesta faixa etária, você não pode forçar nada e tudo é preciso ser feito através do lúdico”, comenta Serli. 

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Para ajudar na compreensão, as professoras trabalham o nome durante todo o ano e levam para a sala de aula diferentes elementos, que colaboram na percepção da distinção ou semelhança entre as letras. “Em tudo que nós fazemos, nós trabalhamos o letramento, através do contato com os livros e revistas ou obras de arte. Uma forma de começar a trabalhar o nome próprio é trazer a história do nome da criança, então conversamos com os pais e explicamos para os alunos como surgiu o nome deles”, cita Ana Paula. 
Todos os objetos têm os nomes dos alunos, isso é feito para que toda vez que eles reencontrem seus nomes, percebam que sempre há as mesmas letras. “As letras são signos e cada criança, desde que entra na creche, tem seu crachá com seu nome nele. Na pré-escola, a primeira letra do nome é destacada para facilitar o reconhecimento da forma dela”, explica Serli. 

As professoras Ana Paula e Serli Terezinha orientam os alunos da pré-escola. 

 

Interatividade
Todas as crianças da pré- escola do Cmei Professora Ivanir Albuquerque brincam com as letras e mostram com quais começam os nomes delas. Alguns alunos, às vezes, erram como inicia o próprio nome, mas reconhecem a do nome do coleguinha, por exemplo. 
Jogos, brincadeiras e desenhos colaboram para dar significado às letras. “O guarda-chuva (colado ao quadro), por exemplo, é um pictograma, como um logotipo, e ele representa um dia chuvoso, assim vamos entrando no mundo da leitura”, diz Ana Paula. A aula na pré-escola começa com a observação do calendário e como está o clima (com chuva ou sol), depois passa para a chamada e, então, o alfabeto. 
Serli diz que os alunos já saem da pré-escola escrevendo o nome e reconhecendo algumas palavras. “Muitos conseguem escrever o nome inteiro”, ressalta. A professora também afirma que os pequenos têm dificuldades com o nome dos pais, porque em casa só chamam de “pai” e “mãe”, então, as professoras ensinam a importância de se ter um nome. 
As músicas também são aliadas na fixação do nome. “A canoa virou” colabora na fixação. “Eles ficam felizes em reconhecer a letra do nome do colega, eles ficam bem empolgados com a aprendizagem”, conta Serli. 

Clara escolhia as letras que compõem seu nome. 

 

 

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