Ex-goleiro, Lini sonhava em ser presidente do time de futsal

Daqui a dois anos, ele se aposentaria como juiz de Direito e queria se dedicar ao esporte.

Rosselini Carneiro, o Lini, que faleceu ontem em Curitiba, sempre teve uma ligação muito forte com o esporte na região Sudoeste, seja em Francisco Beltrão ou Marmeleiro. Em 2000, ele foi o goleiro do Beltrão Futsal na conquista do terceiro lugar da Série Prata do Campeonato Paranaense. A equipe era treinada por Arno Ribeiro. Lini permaneceu como goleiro profissional até 2003, um pouco antes de o time chegar à semifinal da Série Ouro. No clássico contra o Pato Branco, ele se machucou e deu espaço para o goleiro Nando, hoje camisa 1 do Cresol/Marreco Futsal.

Mas, segundo amigos próximos de Lini, o sonho dele era ser presidente do time de futsal. “Daqui a dois anos o Lini ia se aposentar. Ele me disse que ia voltar a morar em Mameleiro para advogar. E queria também ser presidente do time de futsal e se dedicar ao esporte”, comenta Nediro “Peninha” Modanese, amigo de Lini desde 1979.

“O Lini sempre foi um guerreiro, um espelho para nós. Além de goleiro, ele foi um grande incentivador do futsal beltronense. Não ganhava nada para jogar e, muitas vezes, tirava dinheiro do bolso para ajudar os companheiros”, conta Arno Ribeiro, que começou com o futsal em Francisco Beltrão em 1999. Segundo ele, a história não seria a mesma sem o apoio de Rosselini Carneiro. “Depois que subimos para a Série Ouro, foi o Lini que trouxe o Jair Scheid e o Osmar Tramontina para a diretoria. Ele atraiu patrocinadores também. Só assim conseguimos fazer um bom investimento para chegar na semifinal da Série Ouro”, complementa.

“O Lini era apaixonado pelo esporte. Se perdesse o jogo, ele chorava como uma criança. Sempre foi um grande goleiro e uma grande pessoa”, afirma Arcibaldo Perin, colega de equipe de Lini nos tempos de futsal de Marmeleiro com o técnico Luiz Carlos Giovanella.