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Francisco Beltrão
domingo, 15 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Há três anos, padre Moacir Silveira conduz a santa celebração, com carreata e bênção dos veículos

 

Padre Moacir é natural de Três Barras (PR). “Em Renascença, as pessoas têm frequentado a igreja.”

 

Pelo terceiro ano consecutivo, o padre Moacir Silveira realiza pela manhã a cerimônia de São Cristóvão na Igreja Matriz de Renascença. Após a celebração, acontece a tradicional carreata em direção à Linha de 15 de Novembro, com bênção dos veículos (caminhões, automóveis, tratores e motos). Mas os fiéis da Igreja Católica continuam mantendo essa tradição? Padre Moacir responde: “De fato, as pessoas têm uma grande fé no São Cristóvão, sejam motoristas ou qualquer pessoa que utilize meios de transporte. Dentro da história do próprio santo, que foi um homem muito forte, lhe foi dada a missão de ajudar as pessoas a atravessarem de um lado para o outro um rio da Palestina. Por isso ele é reconhecido como o padroeiro que protege os motoristas, que vão de um lado ao outro pelas estradas do Brasil.” 
Padre Moacir diz que essas mobilizações – festas, procissões – ajudam a manter acesa a chama da fé em Deus, sabendo que cada indivíduo não está no mundo por acaso e precisa de uma proteção divina, bem como de um santo. “O católico nunca deixa de participar da comunidade, ele sempre busca colaborar no meio em que vive. Tem os católicos menos compromissados, quando surge uma necessidade, por exemplo, um batismo ou casamento que eles precisam participar, eles aparecem e logo se vão. Tem aquele também que vai de vez em quando à igreja e outros que até mudam de religião. Talvez essas pessoas buscam respostas e encontram em outras igrejas o amor a Jesus Cristo.” 
O sacerdote entende que a Igreja Católica continua firme, perseverante na sua ação evangelizadora, visto que há muitas ameaças no mundo. “Tenho notado que muitas pessoas não frequentam mais as igrejas, se isolam em suas casas, mas continuam servindo a Deus do seu jeito, fazem suas orações e têm a sua forma de viver a fé. Tenho visitado quase todas as casas no interior e na cidade, e encontro respostas do tipo: não frequento mais a comunidade, mas tenho muita fé no Criador. Dessas visitas que fiz, muitos deles têm retornado à comunidade”, comemora. 
Os motivos do afastamento são inúmeros, desde frustração pessoal, discórdia dentro da comunidade até escândalos envolvendo sacerdotes, como casos de pedofilia. “Infelizmente, a mídia focaliza muito quando se trata de um padre que está envolvido nessas situações, sendo que é um problema social e não apenas da igreja.” 

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