
A Unidade de Atendimento ao Câncer de Francisco Beltrão (Ceonc) foi inserida na rede de assistência oncológica do Paraná como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) no final de 2012. A habilitação definitiva foi feita na sequência pelo Ministério da Saúde. Agora, depois de três anos de funcionamento, a instituição apresenta um deficit de aproximadamente R$ 650 mil que foi se acumulando ao longo dos anos. Os repasses de valores não cobrem os custos do hospital.
A chefe da 8ª Regional de Saúde, Cintia Ramos, disse que, com exceção da habilitação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Governo Federal não efetuou nenhum outro repasse para a manutenção do serviço. “A portaria habilitando o serviço oncológico foi publicada no início de 2013, mas a portaria detalhando o impacto financeiro não foi realizada.”
Segundo ela, o Estado repassa R$ 375 mil mensais e a Prefeitura de Francisco Beltrão, mais R$ 200 mil. “Só que esse valor é insuficiente.”
De acordo com Cintia, a Secretaria Estadual da Saúde vai repassar cerca de R$ 130 mil mensais, durante três meses, para garantir o funcionamento da Unidade de Atendimento ao Câncer de Francisco Beltrão. O recurso sairá do teto estadual para o do município de Francisco Beltrão, enquanto o Ministério da Saúde não libera o recurso, mesmo com o serviço já habilitado desde 2013. “Esperamos que o Ministério da Saúde faça a recomposição de valores este ano e ajude financeiramente”, comenta.
A chefe da 8ª RS diz que houve a reabilitação do serviço e o Ceonc cumpriu uma série de condicionantes. O Governo Federal repassa cerca de R$ 68 mil para a manutenção de seis leitos de UTI. O Ceonc atende em torno de 200 pacientes por dia de toda a região de Francisco Beltrão. A instituição adquiriu dois terrenos onde deverá construir mais um bloco com 45 leitos que será integrado ao hospital, para atender uma exigência do Ministério da Saúde.
O JdeB tentou contato com os administradores do Ceonc na tarde de ontem, mas não foi possível localizá-los.