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Francisco Beltrão
quinta-feira, 19 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Açafrão e ansiedade

Açafrão e ansiedade

Açafrão, também conhecido como ?ouro vermelho?, e um tempero extraído da flor Crocus sativus L., a qual e encontrada nas regiões do Mediterrâneo ou na vegetação típica da America do Norte. O açafrão e geralmente utilizado na cozinha como uma especiaria ou como um agente de coloração. Caracteriza-se por seu sabor amargo, causado pela picrocrocina e safranal. Ele também contém crocina, um carotenoide, que da a cor amarelada ouro aos pratos contendo açafrão. Alem de ser utilizado na culinária, o açafrão também apresenta diversas propriedades medicinais pela presença de elevadas concentrações de crocina e safranal.

O safranal tem se destacado principalmente pelas suas ações em sistema nervoso central, pois age na concentração sináptica de neurotransmissores como GABA, Dopamina, Norepinefrina e Serotonina e exerce funções ansiolíticas, antidepressivas, anticonvulsivantes e que melhoram a performance cognitiva. Estudos em animais também reforçam seus efeitos antioxidantes em diversas estruturas cerebrais, o que auxilia no tratamento de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. A otimização de vias serotoninérgicas e dopaminérgicas cerebrais auxiliam no controle hipotalâmico da fome e da termogênese, promovendo redução da compulsão alimentar e aumento do gasto energético basal.

O efeito ansiolítico do safranal via GABA também auxilia no controle da ingestão alimentar associada ao estresse e a ansiedade, dois transtornos comuns em pessoas obesas e que contribuem para o excesso de produção de cortisol nesses individuos. Sabe-se que o cortisol auxilia no desenvolvimento de resistência a insulina e promove ganho de gordura abdominal e o safranal pode, por diversos mecanismos, regular essas ações relacionadas ao hipercorticosolismo.

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Referência

Gout B, Bourges C, Paineau-Dubreuil S. Satiereal, a Crocus sativus L extract, reduces snacking and increases satiety in a randomized placebo-controlled study of mildly overweight, healthy women. Nutr Res. 2010; 30: 305?13.

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