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Francisco Beltrão
sexta-feira, 20 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Caldo de cana é repositor natural de energia

Bebida representa um combustível para o corpo com gosto de infância.

 

Hoje é dia de tomar caldo de cana na feira do Calçadão (das 7 às 19:30). É uma bebida que, além de saborosa, repõe energia e faz bem até pra jogador de futebol. 

 

Quem mora nas grandes cidades com certeza já matou a sede com a cana moída na hora nas barraquinhas das feiras-livres. Já quem vive no interior certamente viu canaviais gigantescos e quem sabe até teve a sorte de experimentar a planta logo depois de ser colhida.
A cana-de-açúcar foi a primeira cultura trazida para o Brasil pelos portugueses no período colonial. O cultivo deu tão certo por aqui que o país é o maior produtor do mundo. Um cenário que tem tudo para continuar em expansão. Uma estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prevê que até 2019 a produção deve crescer 3,25%.
Se no campo o cultivo do produto é um bom negócio, para o corpo o consumo também representa benefícios. O caldo da cana, que é conhecido como garapa em algumas regiões, é fonte das vitaminas A, B e C, que ajudam, por exemplo a aumentar a resistência do corpo, a equilibrar o sistema nervoso e melhorar a cicatrização. Ele tem alto teor de minerais como o ferro, cálcio, potássio e magnésio, que fortalecem os ossos, são indispensáveis na formação do sangue, isso só para citar algumas características.
 A cana pode ser uma aliada importante para quem tem um dia a dia agitado. A explicação é simples: ela ajuda a repor as energias. Quando há um gasto calórico grande, o corpo usa a energia acumulada nas células musculares. Se as reservas acabam, o organismo começa a queimar massa muscular. O caldo de cana tem a propriedade de repor rapidamente a energia por causa de seus açúcares – sacarose, glucose e frutose, auxiliando a evitar a perda de músculos. As propriedades do caldo de cana como combustível para o corpo já foram tema de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os pesquisadores acompanharam a rotina dos jogadores da Ponte Preta para saber como o corpo deles reagia diante de tantos exercícios. Eles analisaram o nível de ureia no sangue dos atletas logo após os treinamentos. Essa substância ajuda a avaliar se existe ou não perda muscular. Substituindo os suplementos energéticos industrializados por uma rodada de garapa ao fim de cada treino os pesquisadores concluíram que os índices de ureia no sangue diminuíram, o que significa uma menor queima de massa muscular. Na prática, eles passaram a ser capazes de correr mais, sem perder músculos, melhorando o rendimento.
 O sabor doce é uma das principais características da cana. Ela tem outras vantagens: é natural, possui o chamado “açúcar bom” e até propriedades antioxidantes. 
Por falar no gosto doce da cana, o caldo bem geladinho é saboroso, refrescante e acompanha muito bem pasteis, sanduíches, salgados, pães de queijo e o que a criatividade permitir. E assim fica fácil associar o consumo ao prazer. Satisfação que faz parte da memória afetiva de muitas pessoas. A cana que sai do campo é espremida, vira ingrediente e vai agradando mães, filhos, avós, netos, ou seja, a família toda. Uma tradição que acompanha o brasileiro desde o período colonial e resiste ao tempo. Um presente dos portugueses que encontra nos benefícios à saúde o espaço para se manter na dieta por muitas e muitas gerações.

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Ivonete Cuba diz que vende mais de 200 copos por dia, além de litros de caldo de cana, na Feira do Produtor de Beltrão. Quem iniciou, nesta barraca, foi seu sogro, Pedro Cuba, há 14 anos.

 

 

Em Beltrão tem caldo de cana nas quartas-feiras e sábados

Caldo de cana, no centro de Francisco Beltrão, tem na Feira do Produtor, que funciona nas quartas-feiras das 7 às 19:30 e nos sábados das 7 às 12 horas, no Calçadão.
Raimundo e Ieda Chaves começaram na Expobel 2000, depois passaram para a feira. A cana é de produção própria, num sítio do Divisor, local alto onde raramente ocorrem geadas. Eles estimam que 80% do rendimento de sua barraca vem da venda do caldo de cana que é servido gelado, puro ou com limão ou abacaxi.
Outra barraca que vende caldo de cana é do Ademar e a Ivonete Cuba. Quem começou foi seu Pedro Cuba, pai do Ademar e do Ademir, que também ajuda a vender. Eles cultivam dois alquereis com cana, na Linha São João, e vendem tudo na feira. 

Ieda e Raimundo Chaves: cerca de 80% do faturamento de sua barraca é com caldo de cana. Eles começaram na Expobel do ano 2000 e depois continuaram na feira do Calçadão.

 

 

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