
Foto: Flávio Pedron/JdeB
A produtividade pode até estar um pouquinho abaixo da expectativa inicial, mas o preço atual do produto – R$ 77, em média – tem animado os produtores de soja da região. Com este valor, é possível ter uma boa margem de rentabilidade por saca, tendo como base a estimativa de custo feita pelo Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) em novembro do ano passado, quando o curso total de produção por saca de 60 quilos era de R$ 53. Ainda segundo o Deral, a área destinada ao cultivo de soja na Regional de Francisco Beltrão foi 6% maior neste ano, em comparativo com a safra passada. Nos 270.750 hectares de soja da regional a estimativa é produzir 947.625 toneladas, crescimento de 11% na comparação com a safra 2014/2015. A produtividade média estimada é de 3.500 quilos (58 sacas) por hectare. Na Linha Nova Seção, em Beltrão, o produtor rural Aldo Petricoski comercializou uma parte de sua produção antecipadamente ao preço de R$ 69,50 a saca. Agora, a segunda parte já conseguiu negociar por R$ 77. “O resultado tá bom, dá pra encarar, mas o custo está subindo muito, com o dólar alto e os insumos aumentaram bastante. Espero ter um lucro de 20 a 25%, senão a gente não sobrevive”, comenta. O produtor e seus filhos colheram a lavoura nesta semana. Foram 24 hectares numa área e outros 13 hectares em outra área, com plantio de variedades precoces. Aldo espera colher aproximadamente 2.300 sacas de soja, cerca de 62 sacas por hectare, resultado acima da média regional prevista. “A qualidade está razoável, o excesso de chuva estragou um pouco. Fizemos três tratamentos bons contra a lagarta e a ferrugem e utilizamos uma semente nova, mais resistente. Estamos colhendo no tempo certo, está no ponto”, destaca o produtor.

Foto: Flávio Pedron/JdeB
Na região de Pato Branco, 17% colhido
Na Regional de Pato Branco, as colheitas também avançam. Lavouras já foram colhidas nos municípios de Bom Sucesso do Sul, Itapejara D’Oeste, Vitorino e Mariópolis. Segundo o Deral, pelo menos 17% da área cultivada já foi colhida. A área destinada à cultura nesta safra foi de 312 mil hectares, 5% maior que na safra passada. A estimativa inicial era que a produção atingisse mais de um milhão de sacas, mas para Ivano Carniel, chefe do Núcleo Regional da Seab de Pato Branco, possivelmente este resultado não seja alcançado. “As chuvas atrapalharam em outubro e novembro, depois veio a lagarta e ferrugem e houve mais algumas perdas. A média é de 3.200 kg/ha [53 sacas], está dentro de um bom padrão, mas os produtores esperavam mais. O pessoal também está reclamando um pouco da qualidade do grão, que não tem muito peso”, conta Ivano.

Foto: Fábio Girardi/JdeB