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Francisco Beltrão
sexta-feira, 27 de junho de 2025

Edição 8.234

27/06/2025

Como Zé Luiz Kavalerski vê o CEU

Amanhã o União completa 60 anos de sua fundação e hoje o JdeB inicia uma série de reportagens contando a história do clube, conforme o ponto de vista dos personagens.

 

Foto histórica da equipe do Clube Esportivo União (CEU) em 1981, no Estádio Anilado, na primeira divisão do estadual: Vilmo Bataclin (treinador), Zé Luiz Kavalerski (preparador físico), Renato, Nei, Zequinha, Argeu, Rosaldo, Aimoré, Sérgio Ronaldo, Sidnei e Célio Bonetti (diretor); Gauchinho, Vilela, Kinkas, Wilson Henrique, Enos, Júlio César, Teco, Juarez e Eduardo.
Fotos: Arquivo de José Luiz Kavalersli

Zé Luiz Kavalerski é uma das muitas pessoas que vieram a Francisco Beltrão para jogar futebol e acabaram casando e ficando por aqui. Casado com Marinês Medeiros Kavalerski e pai de Samuel e André, Zé Luiz construiu uma história ligada ao esporte beltronense.

E tudo começou em 1980, quando foi trazido pelo técnico Sérgio Savian para jogar no Clube Esportivo União (CEU). Na época ele era atleta do Grêmio Esportivo Pedro Osório (Gepo), de Tupanciretã, perto de Santa Maria (RS).

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Equipe do União que empatou com o time titular do Internacional em 1 a 1, no Estádio Anilado, em Francisco Beltrão, no dia 24 de julho de 1988: Neldo Claus, Adaelton, Airton, Edmilson, Alemão, Ademir Bittencourt, Valdo, Sérgio, Disnei, Paulo, Edgar Ferreira (técnico), Osmar Brito (presidente) e Zé Luiz Kavalerski (preparador físico); Ricardo, Polaco, Betinho, Jackson, Marinho, Ademir, Weber, Miltão, Ivair Cenci e José Pimenta (massagista).

Mas logo que chegou, machucou o joelho em uma partida em Cascavel e assumiu a função de gerente do clube. “Mais tarde tive convite pra trabalhar como preparador físico em outros clubes, pois eu já era formado em Educação Física. Mas como eu já estava casado e tinha minha academia aqui, decidi ficar”, lembra-se Zé Luiz, que doi auxiliar técnico de Juarez Vilela e Vilmo Bataclin em 1980, preparador físico do União em 1981 e 1982, técnico do time profissional em 1984, quando o clube utilizou na maior parte jogadores da casa e fez muito bonito no estadual. Em 1988, Zé Luiz foi auxiliar de Edgar Ferreira. Neste ano, houve um amistoso contra o time titular do Internacional de Porto Alegre (RS) no Estádio Anilado, e o resultado foi um empate em 1 a 1.

“Como o Edgar jogou no Inter, ficou mais fácil o acesso. Aí o presidente Osmar Brito contratou o Colorado para vir. Lembro que tinha a Festa dos Motoristas na cidade naquele dia e, mesmo assim, o Anilado ficou lotado. O que mostra a grande paixão dos colorados beltronenses”, comenta Zé Luiz. O Inter de 1988 era treinador por Chiquinho.

Uma das formações do Clube Esportivo União em 1980: Juarez Vilela (técnico), Irajá, Jolbert, Sérgio Ronaldo, Renato, Calixa, Gilmar e Zé Luiz (preparador físico); Wilson Henrique, Lalo, Júlio César, Paraná e Neneco.

 

Último treinador

Em 1991, o União disputou pela última vez o Campeonato Paranaense de Futebol profissional. Naquela época era a Divisão Intermediária, o equivalente à segunda divisão de hoje. “Nossa última partida foi em Chopinzinho, mas o juiz já estava trabalhado. Eu orientei o goleiro a tirar todas as bolas de soco, mas ele não obedeceu. Foi pegar uma bola fora do gol com as mãos, e dois zagueiros do Chopinzinho empurraram ele pra dentro gol e o juiz apontou para o centro, validando o gol. Eu fiquei muito chateado com isso. Ficamos a um ponto de subir”, diz Zé Luiz, que foi o último treinador do time profissional do União.

Comissão técnica e o banco de reservas do Clube Esportivo União em 1980, na vitória por 3 a 1 contra o Atlético-PR no Couto Pereira, em Curitiba: Paraná, Aimoré, Gato Batista, professor Zé Luiz Kavalerski, professor Vilmo Bataclin e o técnico Juarez Vilela. 

Depois disso, a equipe seguiu apenas em competições amadoras e com as categorias de base. Mas, de 20 anos para cá, somente a estrutura do União era mantida pelo presidente Severino Soranso, que cuidou muito bem do patrimônio do clube. O União vai voltar ao futebol profissional em agosto de 2016 para disputar a Terceira Divisão.

Chiquinho, técnico do Internacional em 1988.
Foto: Arquivo do Internacional

 

 

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