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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Posse do ex-presidente Lula à Casa Civil gera manifestações contrárias na região

Na região, lideranças sugerem mudança de atitude dos políticos e a saída da presidente Dilma.

 

Adilson Alves: acha que Dilma fica no cargo. 

A presidente Dilma Rousseff (PT) empossou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro da Casa Civil, numa cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Durante os discursos, Dilma chamou o ex-presidente de o “maior líder político do País” e ela acrescentou dizendo que a crise brasileira deu ao País a “magnífica oportunidade” de ter Lula no governo. 

Dilma e Lula desceram a rampa lado a lado e foram recebidos pela plateia aos gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro” e “não vai ter golpe”. 
Horas depois, o juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara do Distrito Federal, suspendeu, por meio de uma decisão liminar provisória, a posse de Lula como ministro. O motivo? A gravação entre Dilma e Lula, divulgada quarta-feira, em que ela diz que o “termo de posse” seria enviado a ele e o petista poderia usar “em caso de necessidade” – ou seja, se recebesse voz de prisão, apresentaria a condição  de ministro e teria foro privilegiado. A conversa foi interpretada como “tentativa de obstrução da justiça” – e isto é crime.
A decisão contra Lula ministro gerou revolta por parte dos defensores do governo Dilma e manifestações pelo Brasil, por causa dessa atitude. 
O JdeB  buscou lideranças e representantes de classe, para saber sobre a questão política brasileira. Alguns se recusaram a falar. 
Outros foram enfáticos em dizer que é necessária uma mudança. Luiz Carlos Peretti está indignado com os políticos brasileiros. “Corrupção gera miséria e consequentemente bandidos. O Brasil passa por essa situação há muito tempo, não é de agora. O país que paga os impostos mais altos do mundo, sem o retorno esperado pelo cidadão, não merece respeito. Isso revolta a população e precisa haver uma mudança urgente. Minha sugestão é de que seja feita uma nova eleição com urgência”, disse Peretti. 

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Política e futebol 
O empresário Ladi Dalbem usou uma metáfora para explicar a política brasileira. “Vou comparar a um time de futebol, se está indo mal, troca o técnico. Não estou dizendo que, em outro momento ou em outro lugar, ele não possa fazer um bom trabalho, mas é necessária uma mudança. Pois a mudança traz esperança ao povo brasileiro. A melhor coisa seria se ele assumisse que não consegue mais governar o Brasil, e outra pessoa tocaria o país, independente de partido político”, opinou Ladi. 
João Manfroi foi sucinto em dizer que os políticos precisam se entender, sem confrontos e com mais diálogo para acertar o Brasil. 
Já o sociólogo Adilson Alves entende que qualquer ação, previsão ou opinião pode ser precipitada. “Temos que aguardar a justiça e os passos do processo político. A Dilma tem uma base social sólida, diferente do momento de impeachment do Collor, por isso, talvez ela consiga se manter no cargo. Outro ponto ao seu favor é a inserção do ex-presidente Lula que a ajudará na articulação política com os demais partidos. Se pudesse aconselhar, é que antes de tirar a Dilma do poder, inúmeras questões precisam ser analisadas, e uma delas seria, quem assumiria o Brasil?”, comentou Adilson. 

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