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Francisco Beltrão
sexta-feira, 20 de junho de 2025

Edição 8.229

20/06/2025

Gripe H1N1 pode levar à conjuntivite, diz especialista

Pesquisa mostra que 61% das pessoas com gripe H1N1 apresentam conjuntivite. Saiba como prevenir.

 

Lavar bem as mãos, e com frequência, ajuda a prevenir contaminações por vírus.

 

O surto da gripe H1N1 pode vir acompanhado por outro de conjuntivite viral. Isso porque um estudo mostra que 61% das pessoas contaminadas pelo vírus também apresentam conjuntivite. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a queda da imunidade e o fato dos olhos serem órgãos externos explica a incidência, embora a inflamação ocular também possa ocorrer isoladamente.
Por isso, só quando a conjuntivite aparece junto com tosse e febre é que se pode sinalizar gripe H1N1. A doença é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente que recobre a face interna das pálpebras e a esclera (parte branca do olho).  Muitos casos estão associado à sinusite, resfriado, asma, rinite e bronquite, que chegam a triplicar no outono e inverno, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). O especialista afirma que o maior agente transmissor é o contato dos olhos com mãos contaminadas. As aglomerações em ambientes fechados também facilitam a propagação.
Os sintomas são pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, secreção transparente e fotofobia (aversão à luz). Por ser altamente contagiosa, observa o oftalmologista, a conjuntivite viral é um importante fator de afastamento do trabalho que pode durar de três a quatro semanas. Os principais grupos de risco são crianças que estão com o sistema imunológico em desenvolvimento, gestantes e idosos por causa da diminuição da lágrima.

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Álcool não elimina vírus
Queiroz Neto afirma que nas empresas os maiores veículos de contaminação são os teclados de computador, mouse e interruptores de luz. O especialista também chama a atenção para os carrinhos de supermercado e balcões do varejo. 
“Engana-se quem pensa que passar álcool nos objetos elimina vírus. A principal recomendação para evitar o contágio é lavar as mãos com frequência, principalmente depois de usar objetos que foram manuseados por outras pessoas e ingerir bastante água para manter a hidratação. O especialista também recomenda usar óculos escuros que além de melhorar o conforto ocular, evitam a proliferação do vírus desencadeada pela exposição à radiação ultravioleta”, ensina.

Tratamento
O tratamento da conjuntivite viral é feito com compressas geladas, lubrificação intensa e colírios anti-inflamatórios. Nos casos mais severos é indicado colírio com corticoide, que pode causar glaucoma se for usado por tempo prolongado ou tornar o vírus resistente quando o tratamento tem interrupção brusca. Neste caso, o oftalmologista adverte que podem se formar membranas na conjuntiva. Quando isso acontece exige aplicação de laser para remover opacidades que reduzem a acuidade visual. Por isso, os colírios só devem ser usados sob prescrição e acompanhamento médico.
O especialista comenta que um erro comum cometido por muitas pessoas é a aplicação de água boricada nos olhos. Isso porque aumenta a irritação e pode causar alergia. O único lubrificante seguro é a lágrima artificial sem conservante ou com conservante virtual que desaparece em contato com a mucosa ocular.

Dicas de prevenção à gripe H1N1

– Tomar vacina anualmente para gripe no outono.
– Lavar as mãos e o rosto com frequência.
– Usar lenço descartável para evitar que a secreção da tosse e espirro se espalhe.
– Não compartilhar lenço, toalha, fronha, colírio e maquiagem.
– Praticar exercícios moderados e constantes.
– Evitar exercícios muito intensos que reduzem a resistência e engordam.
– Não permanecer muito tempo sem se alimentar.
– Beber bastante água.
– Evitar aglomerações em locais mal ventilados.
– Dormir regularmente.

Paraná antecipa vacinação antigripe

 A mudança na sazonalidade da gripe, sobretudo com o aumento no número de casos registrados no Estado de São Paulo, fez com que o Governo do Paraná antecipasse o início da campanha de vacinação. A decisão foi acompanhada pelos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com isso, a campanha na região Sul começa em 25 de abril, cinco dias antes do que no restante do país. 
Neste ano, terão direito à vacina nas unidades de saúde: idosos (+60 anos), crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, mulheres com pós-parto de até 45 dias (puérperas), doentes crônicos, profissionais de saúde, indígenas, trabalhadores e detentos do sistema prisional. 
A meta é imunizar pelo menos 80% de todos os públicos-alvo da campanha, que totalizam 2,9 milhões de pessoas. A vacina que será aplicada na rede pública é eficaz contra os três tipos de vírus da gripe mais circulantes no país, o Influenza A (H1N1), o Influenza A (H3N2) e o Influenza B. 

 

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