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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Tropeiros de Jaracatiá percorrem três municípios na Cavalgada da Esperança

 

 

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 No último final de semana, o grupo de cavaleiros Tropeiros de Jaracatiá, de Eneas Marques, realizou mais uma cavalgada percorrendo comunidades e municípios da região. O grupo iniciou o trajeto na sexta-feira pela manhã, 8, com saída em Eneas Marques, passando pelas comunidades do interior e almoço em Arroio Empossado, na propriedade da família de Nicanor de Lima.
À tarde, os cavaleiros entraram no município de Salto do Lontra e à noite jantaram e pernoitaram na comunidade de Santa Bárbara. Uma grande confraternização foi organizada pelos moradores, reunindo os tropeiros e contando com o apoio do prefeito de Salto do Lontra, Mauricio Baú (PPS), vice-prefeito Fernando Cadore (PPS), vereadores e o deputado estadual Wilmar Reichembach (PSC).
No sábado, os cavaleiros seguiram pela divisa com o município de Dois Vizinhos, onde fizeram uma parada na comunidade São Francisco do Bandeira, seguindo para Colônia Rica, em Boa Esperança do Iguaçu. À tarde, os cavaleiros chegaram à cidade de Boa Esperança e foram recepcionados pelo empresário Sérgio da Costa Leite e pelo agricultor e funcionário público Itacir Cecato. Lá fizeram parada para descanso e encerraram a cavalgada, que percorreu mais de 70 quilômetros.
O coordenador da cavalgada, vereador Paulo Camera (PSC), ressaltou a disposição dos participantes em mais um evento. “É uma satisfação para a coordenação do grupo contar com participantes de 16 até 72 anos, como é o caso do senhor Tonico Chicoski, que percorreu todo o trajeto”, disse. 
“A cavalgada é um passeio que resgata a cultura da região, dos pioneiros, e agrada os participantes e as comunidades envolvidas. Para nós, não é uma atividade apenas da tradição gaúcha, mas que desperta o interesse de diversas pessoas de todas as idades, resgatando os costumes e passando isso adiante através dos jovens que se integram a essa cultura”, enfatizou Paulo.
Para o prefeito de Eneas Marques, Maikon Parzianello (PSDB), “o grupo de cavaleiros tem um papel importante na comunidade, realizando os eventos, proporcionando bons momentos de confraternização, e isso resgata a cultura local, com a conversa, as brincadeiras, as histórias e a integração entre as pessoas”.  
Paulo destacou ainda que a realização desta cavalgada contou com o apoio da Prefeitura de Eneas Marques, das cooperativas de crédito Cresol e Sicredi e do empresário Rogério Pandolfi (Rech). 

Um costume que está voltando

Por Flávio Pedron 
As cavalgadas se tornaram tradicionais na região Sudoeste do Paraná. Elas recuperam um costume que foi se perdendo ao longo dos anos devido ao crescimento das cidades e à saída dos moradores do campo. Antigamente, as pessoas que moravam no interior usavam o cavalo para ir aos vizinhos, às vilas e cidades. Também eram usadas charretes ou carroças para o deslocamento. Os agricultores iam vender seus produtos, comprar mantimentos ou pagar suas contas. 
A cidade de Francisco Beltrão é pioneira em termos de cavalgadas. Há anos o CTG Recordando os Pagos começou a promover a Cavalgada da Integração. A partir desta, surgiram as cavalgadas da Fronteira, em Barracão, em Ampere, Marmeleiro, Eneas Marques e Nova Esperança. Hoje, uma das maiores concentrações de cavaleiros e grupos de cavalgadas está em Beltrão, com pelo menos 11 grupos. O município tem cavalgada praticamente todo mês, com a Cavalgada da Lua Cheia ou mesmo dos grupos que se reúnem uma vez por semana, a cada 15 dias ou 30 dias, dependendo dos participantes. 
Além das cavalgadas de grupos, há as religiosas na comunidade de Nova Concórdia e na Igreja Matriz Cristo Rei, da Cango, e em Barracão ocorre a Cavalgada de Santa Emília, que sai da cidade até a Gruta de Santa Emília, em Siqueira Belo, num percurso de 23 quilômetros. 
A maioria das pessoas compra cavalos matungos (sem raça definida), cujos preços são bem acessíveis. O custo de manutenção não é alto, já que os cavalos comem muita pastagem, mas precisam de vacinas e uma pessoa para tratá-los e colocá-los em potreiros para que possam cavalgar. O interessante é que os grupos de cavaleiros reúnem pessoas de várias classes sociais e profissões. 

Paulo Camera, coordenador da cavalgada, junto com o prefeito Maikon Parzianello.

 

 

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