Manifestação exigindo indenizações pelas terras que serão inundadas bloqueou as obras durante o dia de hoje.

Nesta sexta-feira, dia 13, grupo de produtores rurais que terão suas propriedades inundadas pela formação do lago da Usina Baixo Iguaçu reuniram-se de manhã com integrantes do Movimentos dos Atingidos por Barragens para uma assembleia geral para definir as ações do grupo.
Depois da assembleia, cerca de 350 a 400 pessaos rumaram para o canteiro de obras da usina, entre Capanema e Capitão Leonidas Marques, e iniciaram uma manifestação que paralisou todos os trabalhos.
Segundo representantes do Mab, a exigência do grupo é que o Consórcio Baixo Iguaçu – responsável pela obra – negocie as indenizações com os proprietários. Segundo eles, a proposta feita pelo consórcio é baixíssima e injusta, considerando o trabalho que todos tiveram nas suas propriedades.
Além disso, afirmam que o consórcio não comparece para negociar e só adia as reuniões marcadas com os atingidos. Segundo eles, a empresa quer marcar uma negociação para 9 de julho, o que os atingidos consideram tarde demais. Assim, afirmam que não desocuparão a área até que o consórcio negocie a questão.
Por isso, até o momento os manifestantes continuam ocupando a área e os trabalhos da obra estão parados. Representantes do consórcio dizem estar negociando a desocupação do canteiro de obras e também afirmam terem tomado todas as medidas para garantir a segurança dos trabalhadores, assim como das instalações.
Polícia chegou a deter manifestantes
A polícia militar esteve presente durante toda a manifestação, mantendo a segurança de pessoas e estruturas. No entanto, durante a tarde, deteram manifestantes acusados de terem roubado um rádio comunicador da empresa. Uma checagem às câmeras de segurança provou que o roubo não havia acontecido e as pessoas foram liberadas.
O assunto ficou como um mal-entendido, mas representantes do Mab dizem que pode ter sido uma tentativa de coagir os manifestantes a dispersarem-se.