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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Edição 8.228

18/06/2025

Rádio Escolar do Colégio Arnaldo Busato teme corte de verba e promove rifa

Redução de investimentos governamentais prejudica projetos. Professores esperam que a rádio não precise fechar.

 

Professor Marcelo Stein anuncia o lançamento da rifa para aquisição do computador e dos microfones novos.

 

Na metade de 2014, a Rádio Escolar do Colégio Estadual Arnaldo Busato, em Verê, transmitiu seu primeiro programa. De lá para cá, a rádio, que nasceu com investimentos do Projeto Mais Educação, do Governo Federal, tornou-se parte importante do dia a dia da instituição de ensino.
Com músicas e informações, a rádio conquistou seu lugar no colégio, principalmente para os alunos que participam do projeto – segundo o professor de Educação Física, Marcelo Stein, são quatro turmas de cerca de 16 alunos que se revezam na direção do programa.
Lucas Schneider dos Santos, aluno do 6º ano, é um deles. Ele participa da rádio desde o começo de 2016. “Eu achei a ideia da rádio bem interessante e agora que eu participo dela acho bem legal”, conta o estudante, cuja função no programa é cuidar da parte técnica no computador e fazer a locução quando é necessário. “Às vezes faço até a abertura do programa.”
Para ele, a rádio é importante por levar informações para toda a escola e também para desenvolver o conhecimento dos alunos que participam dos programas – desde a parte de trabalhar no computador até a criação de laços e aprendizagem para trabalhar em conjunto.
No entanto, os professores temem um corte de investimentos que possa fechar o veículo de comunicação e outros projetos que dependem de financiamento governamental. Segundo Marcelo, desde o ano passado o Governo Federal tem cortado os repasses para o Mais Educação e atualmente a rádio depende quase exclusivamente do Governo do Estado. “O País tem passado por uma transição política muito tensa e os investimentos acabaram caindo. E agora o Estado também parece que vai cortar verbas a partir do ano que vem e, se cortar, fica complicado de a gente se manter”, lamenta o professor.
Ainda assim, Marcelo está otimista: “O pessoal do Núcleo Regional de Educação acompanha o nosso trabalho e sabe que a gente se empenha, que tem uma atuação de verdade. Não acredito que vão tirar os investimentos da nossa rádio, mas outros projetos podem acabar fechando”.

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Rádio promove rifa para compra de equipamentos
Apesar de contar com investimentos governamentais para sua manutenção, o valor não é suficiente para todas as necessidades da rádio e neste mês o colégio lançou uma promoção para arrecadar fundos e adquirir equipamentos.
Tudo começou com o professor Marcelo. “Ganhei de um amigo uma bola de basquete oficial, assinada pelo Oscar Schmidt, e aí eu tive uma ideia. Como fui o precursor da rádio, sei do sonho que a gente tem, desde o início, de ter um computador específico para o uso da rádio, que o que a gente usa agora é do colégio. Então, para conseguir comprar esse computador, me reuni com a direção e resolvemos fazer uma rifa”, relata o professor.
Um dos prêmios já estava pronto – a bola autografada – e para conseguir os demais, o colégio comprou uma camisa da seleção brasileira de futebol e o professor de educação física entrou em contato com o time de futsal de Francisco Beltrão, o Cresol Marreco, que estava recebendo o selecionado nacional durante agosto e setembro, para conseguir autógrafos dos craques do time.
A camisa voltou autografada, mas, mais do que isso, a Cresol Baser, cooperativa que patrocina o time beltronense, doou mais uma camisa autografada para ser sorteada na rifa. Assim, a promoção conseguiu seus três prêmios e já está à venda no colégio, com alunos e professores, tendo o objetivo de arrecadar fundos para a compra do computador e de dois microfones novos.

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