Elas têm um charme inigualável, um toque de rusticidade e, claro, todo o conforto e aconchego que a madeira consegue transmitir, além do custo acessível.

Foto: Alex Trombetta/Gente do Sul
O visual agradável da modesta casa feita com madeiras de eucalipto e pinheiro vernizadas chama a atenção de quem passa pela Rua Marília, no bairro Entre Rios, em Francisco Beltrão. A antiga casa de alvenaria que lá estava e por 22 anos abrigou o casal Ilza e Marino Almeida de Mello foi demolida para dar espaço à nova morada, que, nas palavras do próprio casal, “ficou como a gente sonhava”.
Aos 71 anos de idade, o aposentado Marino dedicou a vida ao trabalho de motorista. Ele saiu de Piratuba (SC) em 1969 para morar em Itapejara D’Oeste, onde conheceu a esposa Ilza, hoje com 67 anos, que veio de Marcelino Ramos (RS) em 1966. Depois de trabalhar em empresas como Cattani, Reunidas e Princesa dos Campos, Marino veio para Beltrão e se aposentou na Scheid Transportes, como motorista de ônibus circular. “Decidimos morar aqui, gostamos do lugar. Mas nossa casinha era antiga e precisava de uma boa ajeitada. Tentamos vender para pegar o dinheiro e construir em outro lugar. Mas então surgiu a ideia de demolir e construir uma nova, de madeira”, relata Marino.
A proposta de trazer o novo conceito de casas de madeira para a região foi do empresário Gilmar da Trindade, sócio proprietário da Construtora Santa Fé. Com um sistema de casas pré-fabricadas, os kits para a construção são adquiridos de uma empresa de Santa Catarina que trata e prepara as madeiras de eucalipto e pinheiro. “A casa de madeira está virando moda pela beleza que ela proporciona. Hoje elas são construídas no sistema misto, fazemos a fundação, o piso, banheiros e lavanderia tudo em alvenaria, enquanto a madeira vai nas paredes externas, no forro, nas divisórias. O custo benefício, em termos de comparação de preço, você tem mais ou menos de 30 a 35% de economia em relação à alvenaria”, destaca Gilmar.
Não foi apenas pela economia e pela agilidade no processo de construção da obra que Marino e Ilza optaram por uma casa de madeira, mas também pela estética do material e o conforto que proporciona. “A gente gastou metade do que pretendia com um projeto de alvenaria, mas não foi só isso. A madeira sempre foi um sonho da gente. É aconchegante, fica bem-feitinho e pudemos escolher tudo como ia ser, cada detalhe”, conta Marino.
A rapidez na construção é outra vantagem. Segundo Gilmar, um imóvel de 70 a 80 metros quadrados pode ficar pronto em menos de 90 dias. Ele também aponta a ampla variedade de projetos e opções disponíveis. “Eu tenho mais de 50 modelos de casas para todos os gostos e bolsos. Está sendo bem procurado para fazer casas nos alagados, casas de campo. Mas também muita procura para casas na cidade mesmo, como é uma madeira de qualidade, você pode envernizar, pintar, pode fazer com a madeira deitada ou em pé, dupla ou simples, com um, dois, três dormitórios, escolhe o piso, as aberturas, é muito diversificado”, ressalta o empresário.
Na comparação com as construções de alvenaria, Gilmar aponta apenas duas desvantagens: “O seguro é um pouco mais caro e o sistema financeiro não oferece financiamentos para construção de casa de madeira. Então o cliente precisa ter recursos próprios”.
A casa de Marino e Elza foi entregue ainda na primeira quinzena de dezembro. “Foi um sonho realizado. A equipe foi muito bacana, bom de negociar e nos atenderam muito bem. É uma alegria só ver ela pronta, ficou melhor do que esperávamos”, diz dona Elza.
Sobre a Construtora Santa Fé
A Construtora Santa Fé foi fundada em Francisco Beltrão e conta atualmente com 20 funcionários atuando em todo o Sudoeste do Paraná. A empresa trabalha no desenvolvimento de projetos e realização e execução de obras convencionais em alvenaria e concreto armado. Na engenharia civil, desenvolve projeto estrutural, hidráulico, elétrico, prevenção de incêndio e arquitetônico. Oferece ainda serviços de manutenção industrial e residencial, com pintura industrial, pisos industriais, reforma industrial ou residencial e pisos hospitalares. A partir de 2016, a construtora passou a ofertar ao mercado regional também a opção das casas de madeira.