Colheita do grão começou nesta semana, mas vai se intensificar em fevereiro.

A previsão é de 55 sacas por hectare.
Quem anda pelo interior do Sudoeste do Paraná percebe a presença constante da soja, ainda mais nestes dias de fim de safra, com a colheita se aproximando. O grão é uma das principais culturas do meio rural na região, ocupando grandes áreas de terra.
Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) do escritório regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, a estimativa de área de soja plantada na safra 2016/2017 é de 268.750 hectares somente nos 27 municípios que compõem as regiões de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão.
Em Dois Vizinhos estima-se 16.350 hectares de área plantada. Quase o mesmo número espera-se de Francisco Beltrão: 16.250 ha.
A quantidade é semelhante se comparada com a safra passada (2015/2016), com redução de cerca de 1,5%. Até o momento, poucos produtores estão colhendo o grão, apenas exemplares da soja precoce. Segundo Ricardo Martyn Kaspreski, engenheiro agrônomo da Seab/Deral, a colheita vai tomar corpo em meados de fevereiro e se intensificar no final do mês que vem.
“A colheita está atrasada de 10 a 15 dias devido ao clima, porque fez frio em períodos da primavera, o que atrasou o desenvolvimento das plantas. Também houve vários dias sem chuva, o que atrapalhou o plantio”, comenta Ricardo.
No entanto, ele pondera que isso não atrapalhou o desenvolvimento das plantas, que apresentam condições muito boas. Dessa forma, o rendimento deve ser parecido ou pouco superior ao da safra passada: 55 sacas por hectare. A saca de 60 kg está, em média, de R$ 67 a R$ 69.
Com tamanho rendimento, a expectativa é de que a região produza 922.345 toneladas de soja no período.
O Jornal de Beltrão conversou com alguns produtores, como Leoclinio Brufatti, presidente do Sindicato Rural de Beltrão, e os irmãos Bruno e Zelindo Citadin, da comunidade Seção Jacaré, ambos avaliaram positivamente o rendimento da soja desta safra, mesmo com o atraso. Os produtores também contaram um pouco de suas histórias na produção do grão, que hoje é tão presente na economia regional. Acompanhe os depoimentos nas próximas edições do Jornal de Beltrão.

Fotos: Rubens Anater/JdeB