Região está colhendo mais de dois milhões de toneladas.

Valmor Sangaletti, presidente da Base Sudoeste da Cresol, que reúne 16 singulares, considera que 2016 foi ano bom para as cooperativas. Apesar da crise econômica, um fato positivo foi a boa produção agrícola da primeira safra. “Para o sistema Cresol acho que um dos melhores anos foi 2016, e não foi diferente pra nossa agricultura, a primeira safra de milho e de soja o clima colaborou, pena que os preços não estão colaborando, foi uma super-safra em todo o Brasil, e não é diferente na safrinha milho e feijão, soja a gente está proibido de plantar [na safrinha], mas milho foi uma procura fantástica, nós procuramos, dentro do programa Cresol, dentro de todos os municípios, todas as cresóis de área de abrangência do Sudoeste e de toda a região, a gente procurou atender todos os nossos cooperados que pudessem fazer seus financiamentos”, analisou.
No Sudoeste do Paraná, a produção de soja deve superar o volume de dois milhões de toneladas, que corresponderá a 2% da produção nacional estimada em 112 milhões de toneladas. A colheita do milho deve chegar a 818 mil toneladas. Grande parte da soja destina-se à exportação. Mas o milho da primeira safra destina-se para produção de silagem ou venda para empresas da região que fabricam ração para bovinos, suínos e aves.
Só preço não agrada
O presidente da Base Sudoeste acrescentou que os cooperados da região estão contentes e não faltou dinheiro para financiar as lavouras. Valmor disse que dentro do possível foram atendidos os associados e liberados os recursos financeiros para o custeio da segunda safra – safrinha – que vai até junho de 2017. A expectativa, agora, que as condições climáticas propiciem o bom desenvolvimento e a produtividade das lavouras. “Esperamos que o clima colabore que nem colaborou na safra normal pra termos uma safra boa também de feijão e milho”, afirmou.
Valmor observou que os agricultores não estão satisfeitos com os preços. Eles esperavam uma melhor remuneração para seus produtos. Na região, a saca de 60 quilos de milho está sendo comercializada na faixa de R$ 21 a R$ 22 e a saca de soja na faixa de R$ 56 a R$ 58.
Seguro agrícola
Todos os contratos de financiamento pelo Pronaf foram feitos com o seguro agrícola. “O Pronaf ele é obrigatório, todos eles têm Proagro, e as lavouras maiores nós temos as nossas seguradoras, temos uma seguradora que tem pra fazer seguros particulares, o que for Pronaf é obrigatório de ter Proagro, todos estão assegurados, mas esperamos que a gente não precise utilizar isso ai a questão Proagro, esperamos que o clima corra bem e que o nosso cooperado colham bem e esperamos que melhore um pouco os preços”.