Ministério Público cassou mandatos do prefeito, vice e vereadores. Prefeitura repudia a decisão.

Neste início de ano, a Justiça Eleitoral de São João cassou os diplomas do prefeito de Saudade do Iguaçu, Mauro Cenci (PV), do vice-prefeito Darlei Trento (PSDB) e de três vereadores por suposta compra de votos. Todos eles, mais um secretário municipal e uma servidora pública, receberam multa pela atividade. No entanto, ainda cabe recurso da decisão e ela não tem efeitos até o julgamento dos recursos.
O prefeito Mauro Cesar Cenci conta que agora a situação será levada ao Tribunal Regional Eleitoral, e ele está otimista de que vai reverter a sentença.”Nós sabemos o que a gente fez, sabemos toda a situaçaõ da nossa campanha, então temos certeza que vamos ser absolvidos das acusações”, diz.
A acusação foi em decorrência da Operação Amianto, deflagrada em 8 de novembro de 2016, e conduzida pelo núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Ministério Público Eleitoral. A denúncia se baseia principalmente em indícios de compra de votos com a oferta de material de construção e reforma de casas.
O prefeito, que está em seu segundo mandato, refuta essa acusação, afirmando que as doações de material realmente aconteceram, mas fazem parte de um programa de governo que existe desde 2005 e nada tem a ver com compra de votos. “A gente tem esse programa e durante todos os anos da minha gestão a gente faz reforma de casas, mas não pensando em compra de votos ou troca de favores”, alega.
Segundo ele, o programa está totalmente dentro das leis. Por isso, nesse momento de recursos da decisão, “vamos atrás de provar que esse é um programa que só beneficiou a população de Saudade do Iguaçu, não por compra de voto, mas pela necessidade das pessoas de ter suas casas reformadas”, afirma.
Além disso, ele diz que a acusação não está prejudicando esse início do seu mandato. “A gente vai ficar na nossa parte aqui, que é o desenvolvimento dos nossos programas e atendimento à população. O resto é questão jurídica que eles vão discutir em todas as instâncias”, diz.