Também conhecida como tosse dos canis, a doença se manifesta com a presença de vírus no organismo, aliado à bactéria, que provoca infecção secundária.

Altamente infecciosa entre os cães, a gripe canina, também conhecida como tosse dos canis ou traqueobronquite infecciosa canina, não é transmitida para humanos, mas causa muitos problemas respiratórios ao animal. A doença pode ser contraída durante todo o ano, mas é com a chegada do inverno que sua incidência tende a aumentar.
Para combater à doença, as orientações veterinárias são para manter o animal imunizado com a vacina da gripe e aliar a isso práticas que preservem a saúde do cão. O médico veterinário da Clinicão em Francisco Beltrão, Ronivan Gobbi, esclarece sobre como o dono pode ajudar o pet a passar pela estação mais fria do ano.
Nos meses que antecedem o inverno, como março e abril, o veterinário diz que a recomendação é maior para que os animais sejam vacinados contra a gripe. Segundo Roni, as vacinas podem ser feitas subcutâneas ou injetáveis e intranasal, sendo que a escolha vai depender da condição do paciente e da clínica.
De acordo com o veterinário, é importante fazer uma dose da vacina e, após 21 dias, deve-se levar o cão para aplicação da dose de reforço. “A imunização deve ser feita anualmente assim como funciona para o ser humano. Essa é uma forma de prevenir a doença, mas existem outras maneiras de prevenção aliadas à imunização”, comenta Roni.
O dono precisa ter cuidado maior com os animais idosos, que têm uma imunidade mais baixa, principalmente, nos primeiros dias de frio, quando o organismo ainda não está adaptado. “É preciso proteger bem esses animais, passear somente nos períodos mais quentes do dia, após os banhos não expor a choque-térmicos, secá-los bem e usar roupinhas para protegê-los. Os animais que ficam fora de casa devem ter suas casinhas e canis bem protegidos do frio”, orienta.

Locais com concentração de animais
A gripe canina tende a ter alta disseminação onde há grande concentração de animais. O veterinário destaca os canis como ambientes favoráveis para proliferação da doença. “Se o animal precisa usar hotéis ou creche para cães, o dono deve se certificar que a empresa tem boas práticas sanitárias, sempre estar com a vacina do seu cão em dia e verificar a exigência da vacina da gripe do local onde o animal se hospeda. Mesmo assim, o animal não está isento de ter contato com o vírus”, pondera o veterinário.
A doença
Com o vírus da gripe está associada a infecção secundária causada pela bactéria Bordetela Bronchiseptica, responsável por provocar o sintoma que caracteriza a tosse dos canis. É uma tosse intensa e normalmente o proprietário acredita que o animal está engasgado ou que haja um corpo estranho na garganta.
A tosse é seca e sem secreção e é o sintoma mais comum da associação do vírus com a bactéria. A doença é autolimitante, ou seja, ela tem um ciclo de 15 a 21 dias para o organismo se livrar dos agentes, contudo, se o animal não tiver condições de passar pela doença, ela pode evoluir pra um quadro mais grave, como infecções respiratórios e pneumonia.
Tratamento
O tratamento para doença, geralmente, é o de suporte com medicamentos para combater os sintomas, que causam sofrimento ao cão, e também remédios e suplementos para melhorar o sistema imunológico do animal.