Em Beltrão, este é o único colégio a ofertar ensino integral.

Fotos: Leandra Francischett/JdeB
“O integral é como uma escola particular. Agora é cansativo estudar 9 horas por dia, mas é bom para o futuro, no vestibular. Estamos estudando o dobro e ainda temos que fazer a tarefa à noite”, analisa Igor Mignoni, aluno do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Léo Flach, que é um dos poucos colégios a ofertar ensino integral em Beltrão. As aulas iniciam às 7h30 e vão até 16h30, sendo servido almoço.
Este é o primeiro ano de ensino integral e há apenas uma turma. “Percebi que os alunos estão aqui porque realmente gostam; estão adorando almoçar no colégio e a turma está bem unida”, comenta Adelir Belusso, pedagogo. Os estudantes que não querem frequentar o integral podem optar pelas aulas à noite, período em que permanece o ensino regular, ou então mudar de colégio.
A questão apontada como principal empecilho no momento é que, apesar da alteração na grade curricular e do aumento do número de professores, não houve aumento de estrutura e de suporte, como material de apoio das matérias eletivas, por isso o colégio precisa fazer adequações. É o que destaca o estudante Michel Heiter: “A gente não estava tão preparado; ainda estamos nos adequando. Alguns dos professores das disciplinas novas não têm conteúdo específico para isso, como livros”. Para Michel, essa nova proposta no ensino médio, com novas disciplinas, como “Mundo do Trabalho” e “Protagonismo Juvenil”, contribuem para que os jovens sejam mais ativos na sociedade.

Aurora Ricardi Poli também está satisfeita e destaca que muitos professores já estão fazendo aulas práticas, o que indica como positivo. Ela observa como negativo o fato de que alguns professores não têm conhecimento da matéria e nem material de embasamento, então precisam pesquisar para ensinar. “Também percebi que não é desistindo que se consegue as coisas. Muitos começaram com a gente e desistiram. A turma estava cheia”, afirma.

é desistindo que se consegue as coisas”.
Sua colega Thauane de Mello está gostando de tudo, mas aponta o que poderia melhorar. “Apesar de ser muito tempo na escola, vai fazer bem para o futuro. Só acho que o que falta são aulas externas, fora da sala de aula.”

“O que falta são aulas externas”.
Braian Jhony Muller considera que está ótimo assim. “Somos o único ensino médio da cidade que é integral, isso favorece nossa turma e leva o exemplo para as outras escolas a aceitarem o integral.”

médio da cidade que é integral”.