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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Crianças de reserva indígena improvisam “pinguela” para ir a refeitório da escola

Em dias de chuva os alunos fazem “malabarismo” para ir de um lugar a outro no prédio escolar.

 

Alunos da escola estadual da comunidade indígena de Clevelândia têm de andar 
sobre uma “pinguela” improvisada para circular pelas dependências do prédio. 

 

A situação na escola da comunidade indígena de Clevelândia é de calamidade, segundo o cacique Miguel Alves. Na sala dos professores, um espaço apertado, o piso está inundado. A situação não é diferente nas salas de aula, onde as goteiras molham as crianças, livros e materiais didáticos. A diretora da escola, professora Grazieli Cechetto, diz que a realidade das crianças em dias de chuva e frio é lamentável, e o problema é antigo. 
Os alunos têm de improvisar uma espécie de “pinguela” com os bancos do refeitório para acessar o local sem molhar os pés. Está tudo alagado com a água da chuva. Para os estudantes, um drama a enfrentar em dias de chuva. Iasmim Vitória, de 9 anos, reclama que fica com os pés molhados e passa frio. Sem falar na dificuldade na hora do lanche, expondo as crianças em risco de queda para acessar o local. 
De acordo com o cacique Miguel Alves, existe um recurso de R$ 100 mil do programa “Escola Mil”, já depositado na conta da escola, mas não liberado para as reformas. “A gente tá revoltado com essa situação, tendo o dinheiro na conta e não podendo usar para estas reformas urgentes”, afirma o chefe dos índios. No Núcleo Regional de Educação em Pato Branco, mostramos o problema para a professora Rita de Cassia Cordeiro, que é a chefe órgão público. 

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Dinheiro liberado em 30 dias
A professora informou que os recursos financeiros serão liberados em regime de urgência para resolver este problema. A notícia chegou em Curitiba, na Secretaria de Estado da Educação, na Superintendência de Desenvolvimento Escolar (Sude), responsável pela liberação do dinheiro. A informação é de que a instituição de ensino estava com as reformas previstas para a segunda etapa do programa, mas foi incluída na primeira fase a partir das informações e o dinheiro deverá ser liberado nos próximos 30 dias.

Os professores e estudantes da escola estadual que conta com alunos da comunidade indígena. 
Fotos: Beto Rossatti

 

 

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