Diretor do Sindileite-RS saiu preocupado do encontro com o ministro Eliseu Padilha.
Foto: Roberto Soso
Representantes do setor lácteo estiveram ontem, em Brasília, para pressionar o Governo Federal a tomar medidas que ajudem a enxugar o excedente de produção que tem prejudicado a competitividade do segmento. Dirigentes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), IGL, Fecoagro e Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) se reuniram com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para formalizar pedido de compras emergenciais de 50 mil toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros de leite UHT, além do estabelecimento de cotas para importação do produto do Uruguai. Entretanto, a comitiva não obteve uma posição do titular da pasta a respeito do pleito.
Ficou acordado que os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Social farão uma revisão no orçamento para ver se há possibilidade de realocar recursos financeiros para as aquisições. “Saio preocupado da reunião em função dos pronunciamentos dos ministros de não haver orçamento, apesar da expectativa de que o Governo Federal busque recursos para as aquisições”, disse o presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra.
Luta do PR, SC, RS e MG
Também participaram da audiência o presidente do Laticínios Languiru, Dirceu Bayer, o presidente do Laticínios Dália, Gilberto Piccinini, representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Paraná (SindileitePR) e do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (SILEMG).
“Agora, o setor conta com o apoio dos nossos deputados em Brasília para monitorar e cobrar urgência no nosso pleito”, acrescenta Guerra. Entre os parlamentares presentes, estavam Covatti Filho, Alceu Moreira, Heitor Schuch, Elvino Bohn Gass e Dionilso Marcon. Também participou o secretário de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, Ernani Polo.
Proposta de visita ao Uruguai
A respeito das cotas de importação de leite do Uruguai, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, propôs a criação de um grupo formado por representantes do governo e de entidades do setor para ir ao Uruguai discutir o assunto na tentativa de entender a produção do País vizinho.
O preço do litro pago aos produtores rurais vem caindo nos últimos meses pelo excesso de oferta e de estoques e também pela grande quantidade do produto importado principalmente do Uruguai. O pior é que nos meses de primavera-verão cai o consumo e o preço tende a cair ainda mais ao consumidor e ao produtor.