*Ivano Carniel e Josemar Banach
O panorama geral, no momento, é ruim para a agricultura da região de Pato Branco. As intermitentes chuvas que ocorrem desde o final de dezembro fazem com que as atividades de campo estejam totalmente paralisadas. Neste momento em que a maior parcela da área de feijão já está pronta para a colheita, ela não acontece.
O produto acaba perdendo produtividade e qualidade e poderá inviabilizar a colheita, a perdurar essa condição de clima. Compromete também a oferta de sementes de qualidade para o plantio de segunda safra.
Para a cultura da soja, que retomou a condição de desenvolvimento, agora, com as chuvas, já passa a ser fator preocupante porque não permite os trabalhos de pulverização necessários, e com essa condição, amplamente favorável ao aparecimento de doenças como mofo branco e ferrugem, pode fazer com que haja a redução na capacidade produtiva.
Capacidade essa que ainda não está comprometida e, se houver uma melhora na condição do clima, deveremos ter produtividades próximas à safra do ano passado. Para a cultura do milho, o inconveniente é o baixo período de insolação e já acometido por um desenvolvimento inicial ruim, as lavouras não devem atingir produtividades à altura do investimento que os produtores fizeram. Mas as produtividades devem ficar dentro das nossas estimativas iniciais.
Para a segunda safra o tempo vai se esgotando e ainda perdura a dúvida, por parte do produtor, muitos já desistindo do plantio de milho e esperando, se houver oportunidade e condição, para fazer o plantio de feijão.
O certo é que tanto uma como outra cultura (soja e feijão) devem ter áreas bem menores do que as verificadas ano passado. E pior ainda: muitos farão o plantio fora do período recomendado. Hoje pela manhã céu encoberto e com previsão de mais chuvas, aliás já se cogita pelo serviço de meteorologia que essa condição deve perdurar até o próximo dia 26 de janeiro.
*Ivano Carniel e Josemar Banach – Técnicos do Deral/Seab de Pato Branco