Público e negócios concretizados, principalmente no agronegócio, foram destaques. Coordenadores também avaliam melhorias para a próxima edição
Chegou ao fim a 28ª edição da Expobel, em comemoração aos 50 anos de história do evento. Em um café da manhã realizado para a Imprensa no domingo, a comissão organizadora avaliou positivamente os dez dias da feira, tanto em público quanto em negócios concretizados. “Eu acredito que a feira foi extremamente positiva. A Expobel é uma marca forte e representativa de Francisco Beltrão. Hoje, o agronegócio, a indústria, o comércio e os serviços entendem isso e trazem sua marca para dentro da Expobel. Esse é o grande momento onde eles podem mostrar sua marca, fazer negócios e deixar negócios prontos para mais tarde. Acredito que esse objetivo foi alcançado”, diz o presidente da Associação Empresarial de Francisco Beltrão, Marcos Guerra.
Para Marcos, um dos destaques em negócios na feira foi o agronegócio, de máquinas agrícolas e equipamentos, bovinos de leite e corte, ovinos, caprinos e equinos. “Os negócios na feira foram positivos, em especial os do agronegócio, que é um segmento muito forte no nosso evento. Nós vamos ter agora uma avaliação técnica sobre o evento e em breve vamos divulgar todos os números”.
A mesma visão teve o presidente da Sociedade Rural, Alberi Agnoletto. Segundo Alberi, nesta edição os produtores puderam comprar animais com genética avançada. “Tivemos um leilão de desmame que foi um sucesso total, com grande genética, grandes qualidades de bezerros e quem comprou pagou um pouco acima do esperado, mas levou pra sua propriedade produtos de alta qualidade, de alta genética. É isso que estamos trabalhando e mostrando aos nossos produtores, que quanto mais genética ele tiver pelos animais, mais lucro vai ter pra frente”.
O vice-prefeito e coordenador da comissão organizadora da feira, Antônio Pedron (PSC), comenta que a feira mostrou a capacidade de organização do município e avalia como uma feira de sucesso. “A força da Expobel foi reconhecida, eu acredito a forma de fazer a Expobel deve continuar porque ela projeta o município, não só institucionalmente, mas também da nossa capacidade de organização e da nossa capacidade de fomento. Nós estamos muito felizes, entendo que foi uma feira de sucesso”.
Estrutura da Prefeitura
A Prefeitura de Beltrão teve papel importante para deixar a estrutura em ordem. “Nós fizemos a cobertura das mangueiras, o fechamento dos pequenos animais, reestruturamos banheiros, reestruturamos boa parte do esgoto, construímos novas estações, as reformas do quiosque, enfim, toda a estrutura do município foi feita, o que era importante para o funcionamento da feira. No meu entendimento não deixou nada a desejar”, diz Pedron.
Espaços educacionais
O EcoEspaço e a escola de trânsito atenderam as escolas municipais com atividades culturais e educacionais. “A Expobel saiu da vala comum, ela tem o diferencial além de shows, da gastronomia e parque de diversões. A Expobel vai além, teve EcoEspaço, Escola de Trânsito. Eu me senti feliz e realizado vendo as crianças, as escolas participando da escola do trânsito, aprendendo uma nova cultura, a forma que se deve atuar no trânsito, além da sensibilização com o meio ambiente no EcoEspaço”, comenta Marcos Guerra.
Melhorias para 2020
Uma das reclamações da população foi o preço cobrado nos ingressos, alimentos e bebidas. No segundo dia da Expobel, criança a partir de 8 anos, pagava R$ 30 para entrar no parque de exposições. O presidente da comissão organizadora, Antônio Pedron, afirma que serão buscadas alternativas para a próxima edição da Expobel. “Sobre os shows, o próprio empresário que faz os shows reconhece que a primeira sexta-feira não foi ideal, não há porque esconder. Talvez tivesse feito um show a R$ 10 tivesse sido positivo. Temos que lembrar também que segunda, terça e quinta foram dias livres. O valor do ingresso é pautado no tamanho no show, mas vamos trabalhar para manter a Expobel como feira popular”.
Antônio também diz que a comissão vai chegar num consenso para deixar a feira mais barata. “Na próxima edição é preciso pensar uma forma de ter uma compensação e diminuir o custo geral, principalmente em relação à questão da alimentação. Temos que estudar na próxima para chegarmos no patamar um pouco melhor. De certeza é que nós queremos uma feira popular. Ela já é popular, mas tenho certeza que 2020 ela será ainda mais popular”.
Marcos Guerra comenta que os valores das bebidas são fixados e não foram alterados desde a última edição, mas que tabelar valores para alimentação pode ser mais difícil. “As bebidas nós trabalhamos com os mesmos preços de 2016. Com relação à alimentação é muito delicado se trabalhar preço, pois às vezes o cara faz um x-salada, de um modelo, o outro faz de outro, portanto os preços oscilam. Nós ainda não temos uma forma para tabelar, vamos pensar, vamos tentar construir uma fórmula para 2020”.
