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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Festa do Leitão Maturado de Itapejara D’Oeste acontece dia 6 de maio

Serão comercializados 250 leitões e a expectativa é receber entre 5.000 e 6.000 pessoas.

 

O prefeito Agilberto Perin falou que a festa é uma das marcas registradas do município.
A prefeitura irá colaborar com equipamentos, funcionários e estrutura física.
Fotos: Niomar Pereira/JdeB

 

O município de Itapejara D´Oeste lançou na noite de quinta-feira,22, a 15ª Festa do Leitão Maturado, que está agendada para acontecer no dia 6 de maio no centro de eventos do CTG Porteira da Amizade. Profissionais de imprensa e representantes de entidades parceiras, após o discurso das lideranças, degustaram o prato típico e seus acompanhamentos que serão servidos no primeiro domingo de maio. 
O presidente da Associação Municipal de Suinocultores e Avicultores, Atílio Venturin, diz que a expectativa é muito positiva. E esse termômetro foi percebido pela quantidade de empresas que se dispuseram em patrocinar o evento. Serão comercializados 250 leitões e a expectativa é receber entre 5.000 e 6.000 pessoas. 
Cada leitão custará R$ 800 e pode ser servido para grupos de até 25 pessoas. Além do leitão, os kits são compostos também de frutas, geleia de pimenta, salada doce de maçã, mix de folhas verdes, tomate, salada de cebola, cuca batida, pão mascote, farofa e mandioca.
Venturin afirma que os leitões são abatidos 15 dias antes da festa. São temperados, embalados em papel celofane e armazenados em câmeras frias numa temperatura de 2 ºC. E duas vezes por dia são virados para maturar. É um dos segredos para deixar a carne mais saborosa, pois absorve uniformemente o tempero. 
Jacir Dariva, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS) e um dos organizadores da festa, disse que a comissão organizadora já está há alguns dias trabalhando intensamente nos preparativos. A granja que irá fornecer os leitões é de Vitorino, mas o proprietário é de Itapejara D´Oeste, e separou 800 leitões de onde serão escolhidos os 250 para o abate. “Cada leitão precisa ser pesado vivo para alcançar um padrão que definimos de 31 kg a 33 kg vivo, ficando com cerca de 16 quilos desossado.” Itapejara D´Oeste se destaca como um dos principais produtores de suínos do Estado. Por dia, em média, saem o equivalente de 4 a 5 caminhões trucks com suínos para frigoríficos em Palmas e Toledo, no Paraná. 

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Suinocultura enfrenta uma das piores crises

Jacir Dariva, presidente da APS, diz que a suinocultura está atravessando uma severa crise. A Rússia deixou de importar carne suína do Paraná e o preço do milho – principal componente da alimentação dos animais – disparou. A saca está sendo comercializada no Paraná a R$ 40 para o produtor de suínos, mas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina já é vendida a R$ 48. “Enquanto isso, o suinocultor continua recebendo os mesmos R$ 2,80, R$ 2,90 por quilo. Só pra empatar, pra poder sobreviver, o quilo teria que ser vendido a R$ 3,90”, comenta Jacir. 
A Rússia comprava em média 47 mil toneladas de carne suína por mês, mas desde novembro não vem mais adquirindo o produto brasileiro. “Estamos tentando abrir outros mercados, mas é demorado. Tivemos a operação carne fraca que derrubou o preço do frango e a carne ficou como segunda opção de compra.” 
Dariva também critica a falta de política regulatória dos estoques de milho no Brasil. “Na verdade, não existe, se puderem, vendem tudo para o exterior deixando o mercado interno desabastecido. Os estoques que o governo diz que tem de 10 milhões de toneladas daria para uns 10 dias, no máximo.” 
No ano passado o Paraná abateu 10 milhões de cabeças de suínos. O estado tem 6 mil granjas comerciais e 18 mil propriedades (entre comerciais e de subsistência) com produção de suínos. São 5,8 milhões de cabeças instaladas diariamente. “O produtor de milho está rindo à toa e o suinocultor arrancando os cabelos.” 

Jacir Dariva.

 

 

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