Números foram apresentados em Assembleia Geral Ordinária. Os cooperados aprovaram a prestação de contas e a distribuição das sobras.
Foto: Renan Guex/JdeB
A Cresol de Francisco Beltrão – integra Salgado Filho e Manfrinópolis – realizou ontem, no Centro Comunitário da Cango, a Assembleia Geral Ordinária referente aos resultados obtidos em 2017. Cerca de 200 cooperados aprovaram os números e o destino da distribuição de sobras. O presidente da Cresol Baser, Luiz Tomacheski, iniciou a reunião destacando a importância do sistema cooperativo de crédito. “O cooperativismo financeiro vem se destacando em todo o Brasil. As cooperativas movimentavam, em 2014, cerca 2,2% do PIB do País. Em 2017, esse número cresceu para 3,9% do PIB, ou seja, de todo o dinheiro que gira no Brasil.”
Tomacheski afirmou que o ano passado foi excelente para todo o sistema Cresol. “O resultado do exercício 2017 foi um dos melhores que já tivemos e veio coroar todo o trabalho. Nós fechamos o ano com mais de R$ 2 milhões de resultado em Francisco Beltrão e no sistema mais de R$ 70 milhões. Para quem iniciou com três cooperativas no Sudoeste há mais de 20 anos e hoje está presente em mais de 500 municípios, é um resultado excelente. Na década de 80 nós debatíamos formas de crédito para o agricultor rural que foi completamente excluído dos planos do governo. A Cresol cresceu e hoje já tem a chancela do Banco Central para trabalhar com a Pessoa Jurídica.”
O volume de negócios em depósitos, créditos, aplicações, além do valor de patrimônio da Cresol Beltrão ultrapassou os R$ 150 milhões. Atualmente, a cooperativa possui 3.153 cooperados nos três municípios de atuação e 471 mil em todo o sistema Cresol. Os resultados receberam parecer favorável do conselho fiscal e da empresa de auditoria. Os cooperados aprovaram a prestação de contas por unanimidade.
“Nós temos um grande diferencial a outros sistemas bancários que é o relacionamento com o cooperado. Sabemos o nome de cada um, o que cada um produz, a comunidade que cada um mora. E isso nós não vamos mudar, independente da evolução que a cooperativa obtiver. Nós valorizamos as pessoas como elas são, não pelo capital, e esse é o diferencial”, acrescenta Tomacheski. Também estiveram presentes na assembleia o presidente da Cresol Beltrão, Diomar Godinho, o chefe de gabinete da Prefeitura de Beltrão, Alaércio Corazza, o secretário de Finanças da Prefeitura, Elóis Rodrigues, e a representante da Emater Regional, Sueli Baldo de Araújo.
Distribuição de sobras
Do resultado obtido pela Cresol Beltrão – R$ 2,4 milhões – cerca de R$ 955 mil foram destinados à distribuição de sobras aos cooperados. Desse montante, R$ 236 mil para os associados que movimentaram a conta corrente, R$ 219 mil para quem realizou aplicação e R$ 107 mil para quem fez algum tipo de crédito comercial – empréstimo, por exemplo -, o restante foi destinado ao fundo de reserva. A distribuição será de acordo com o volume de movimentação do cooperado durante o ano, ou seja, quanto mais movimentações durante o ano, maior será a sobra obtida. Segundo os diretores, essa foi uma sobra histórica para a cooperativa de Beltrão e os associados presentes na assembleia aprovaram a distribuição.
União de cooperativas
Na assembleia também foi comunicado sobre a união das cooperativas de Francisco Beltrão, Eneas Marques, Marmeleiro e Renascença, que incluem também Salgado Filho, Manfrinópolis e Flor da Serra do Sul. As cooperativas passam a chamar Cresol Tradição. A unificação vai proporcionar maior limite de operações e crédito, integração entre o sistema financeiro de todos os municípios, competitividade, investimento em tecnologia e menor custo de manutenção. A previsão de unificação é para o dia 10 de maio.
