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Francisco Beltrão
segunda-feira, 09 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Prefeito de Clevelândia estuda fechar faculdade municipal

Em discurso na Câmara, Ademir Gheller afirma que os custos são altos para o município.

 

A Famas, antiga Fesc, usa recursos do ICMS Ecológico para manter a estrutura e corpo docente.
Foto: Prefeitura Clevelândia

 

JdeB/Clevelândia Online – Na segunda-feira, o prefeito de Clevelândia, Ademir Gheller (PMDB), sugeriu o fechamento da Faculdade Municipal de Educação e Meio Ambiente (Fama) após a conclusão dos cursos em andamento. O discurso foi durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores. Gheller afirma que o custo é alto para manter a estrutura da instituição. “Quando eu conto para os prefeitos do Paraná, principalmente do Sudoeste, eles não acreditam, mas nós temos a Fama. Temos a Fama, mas não temos outras coisas. Nós iniciamos a Fesc [instituição anterior à Fama] como uma empresa privada, ela quebrou e deixou a conta que a gente pagou, os professores terminamos de pagar em dezembro e ainda tem gente pra receber”. A Fama foi credenciada ao Sistema Estadual de Ensino em 2016 e desde então os alunos da extinta Fundação de Ensino Superior de Clevelândia (Fesc) obtiveram ensino gratuito. A faculdade se mantém exclusivamente pela receita do ICMS Ecológico, proveniente da preservação ambiental, consequência da criação dos Parques Ambientais que elevou em quatro vezes a arrecadação municipal. “Minha gente, ou nós ‘fazemos’ a Fama ou nós ‘fazemos’ o município. Da minha parte, a Famas termina os cursos e você apoia os alunos que querem estudar fora. Cerca de 35% dos alunos desistiram de um curso gratuito. É a realidade de Clevelândia”, diz Gheller no discurso. A Fama entrou para história como a primeira faculdade do Brasil mantida exclusivamente com recursos oriundos da preservação ambiental. Após a declaração do prefeito, a população foi às redes sociais para apoiar a continuidade da instituição. “Muitos jovens, assim como eu, não têm condições de cursar uma faculdade fora de Clevelândia, muitos trabalham, ajudam em casa, não tem como pagar um transporte e ficaram sem ensino superior. Depois julgam porque muitos pais de família saem da nossa cidade, mas eles vão atrás de um futuro melhor para seus filhos”, diz um dos comentários. O prefeito afirma que é preciso tomar alguma medida para aplicar o valor em outros setores do município, mas antes da decisão irá consultar a população. “Nós temos que ter essas tomadas [encerrar a faculdade] que amanhã ou depois poderíamos transformar essa cidade. É a única que está vivendo isso no Sudoeste do Paraná. Logicamente não deve sem encerrada sem um debate com os vereadores e comunidade, mas é inviável botar uma faculdade no municipal, nós somos os únicos”, completa Gheller. 

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