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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

Vacina da gripe deve ser feita anualmente, diz especialista

Dr. Rodrigo defende a imunização e esclarece as principais dúvidas sobre a vacinação.

Dr. Rodrigo Furukawa é médico pneumologista infantil na clínica  Amara, em Pato Branco.

Dr. Rodrigo Furukawa é médico pneumologista

infantil na clínica Amara, em Pato Branco.

Foto: Amare/divulgação

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A campanha nacional de vacinação contra a gripe segue em todas as unidades de saúde do País até o dia 1° de junho. Nas cidades do Sudoeste, uma significativa parcela dos grupos de risco já foi imunizada, enquanto a procura pela vacina nas clínicas particulares também tem sido intensa. Uma preocupação das autoridades de saúde é, principalmente, com relação à vacinação das crianças, grupo que normalmente encontra a maior dificuldade em alcançar as metas.

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O médico dr. Rodrigo Akira Furukawa, pneumologista pediátrico da clínica Amare Pediatria Especializada, esclarece algumas dúvidas sobre a vacinação e reforça a importância de imunizar crianças e adultos contra a doença todos os anos. “A vacina é atualizada todos os anos conforme os relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS). O vírus é um ser mutante e pode sofrer mudanças com o tempo, e a vacina precisa acompanhar essas mutações. Por isso a importância de receber a vacina todos os anos”, diz.

Dr. Rodrigo esclarece que, diferente dos boatos, a vacina não causa gripe. “Definitivamente não. A vacina é produzida a partir de vírus mortos (inativados), ou seja, sem capacidade de produzir doença em nosso corpo. O que acontece é que a vacinação ocorre em um período do ano muito favorável a contrair um quadro gripal”, afirma.

 

Quem deve tomar a vacina?
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina gratuitamente somente para pessoas com determinadas indicações: crianças com 6 meses a 5 anos; mulheres grávidas e puérperas (que tiveram filhos há menos de 45 dias); idosos a partir dos 60 anos; profissionais da área de saúde, professores da rede pública ou privada, povos indígenas e pessoas privadas de liberdade; portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, asma, insuficiência renal crônica, HIV) que fazem acompanhamento pelo SUS ou com alguma declaração médica indicando a necessidade.
Sobre contraindicações, dr. Rodrigo diz que no início, as pessoas portadoras de alergias graves ao ovo eram contraindicadas a receberem a vacinação. “Este conceito caiu por terra no ano passado, pois os processos de fabricação da vacina melhoraram e reduziram drasticamente a possibilidade de reação alérgica. As pessoas que tem alergia ao ovo devem procurar Centros de Referência para realizarem suas vacinas. A contraindicação atual é apenas para as pessoas que tomaram a vacina e desenvolveram reações graves (anafilaxia)”, explica.

Sintomas e reações
A vacina leva de 3 a 4 semanas para imunizar completamente uma pessoa. Assim, conforme destaca o médico, neste período ela está susceptível a desenvolver um quadro de gripe. Por esse motivo, as campanhas são realizadas antes do início do inverno. “Um quadro gripal não é só causado pelo vírus Influenza. Existem diversos outros tipos de vírus que podem causar sintomas semelhantes. A grande importância da vacina para H1N1 é evitar as formas graves da doença, prevenindo assim mortes decorrentes dela”, afirma.

Sintomas de resfriado (coriza e tosse) não são contraindicações para realizar a vacina. Caso a pessoa realize, podem ocorrer eventualmente febre e dores pelo corpo e estes sintomas não tem relação com piora do quadro de resfriado. “Pode ocorrer dor, vermelhidão e endurecimento no local da vacina, assim como manifestações sistêmicas, como febre, mal estar e dor muscular, que ocorrem em 1 a 2% dos vacinados.”

 

Dose única ou dupla para as crianças?
Segundo dr. Rodrigo, crianças de 6 meses a 9 anos que forem receber a vacina pela primeira vez, devem receber duas doses, com intervalo de um mês. Após isso, revacinação anual em dose única, a partir da segunda vez. Crianças maiores de 9 anos, adolescentes, adultos e idosos precisam apenas da dose única anual.

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